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Após polêmica na internet, vestido mais famoso de 2015 pode ser alvo de batalha

"Nós fomos deixados completamente de fora da história", diz casal autor de foto, que agora quer ganhos e crédito por imagem

O vestido que ficou famoso no começo de 2015 por causar confusão sobre a percepção de suas cores pode agora ser alvo de uma batalha judicial no Reino Unido por conta dos direitos autorais sobre a imagem que deu origem à polêmica.

A potencial disputa judicial deve se focar na propriedade intelectual da fotografia que viralizou em redes sociais e sites de notícias ao redor do mundo com a pergunta: você vê o vestido azul e preto ou branco e dourado?

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Paul Jinks e Cecilia Bleasdale, o casal que comprou o polêmico vestido e tirou a foto, exige o crédito e ganhos pelas imagens que rodaram o mundo. Por este mesmo motivo, a foto original não está sendo usada nesta reportagem.

Segundo eles, a filha de Cecilia estava de casamento marcado e os dois saíram em busca de um vestido para a mãe da noiva. Ela bateu três fotos, de três vestidos diferentes, e enviou para a filha.

Para sua surpresa, a filha respondeu "Este é lindo, mamãe. O branco e dourado", referindo-se ao vestido azul e preto.

No dia do casamento, ao usar o vestido, não restou dúvidas de que ele era, de fato, azul e preto. O que Cecilia não sabia é que sua filha tinha postado a foto recebida em seu perfil no Facebook, com a história engraçada, e que uma de suas amigas e cantora da banda que animaria o casamento, Caitlin McNeill, havia compartilhado a foto em seu Tumblr.

Frustração e processo judicial

Sem nem imaginar o alcance global que a foto teria ao enviá-la de seu telefone celular, ainda de dentro do provador da loja, Cecilia Bleasdale diz que agora, em retrospecto, sente-se frustrada pelo fato de que ela e o marido, que bateram a foto, não foram lembrados.

"Bem, nós fomos deixados completamente de fora da história", diz o marido, Paul Jinks.

"Tudo aconteceu tão rápido, nós não tivemos controle", acrescenta Cecilia.

O casal diz ter contratado um advogado para auxiliar num potencial processo judicial para requerer os direitos autorais da imagem.

"Nós víamos todas as empresas usando o azul e preto e branco e dourado para vender seus produtos e ninguém queria ficar de fora", diz a mãe da noiva.

Para Paul, o assunto é mais objetivo. "Basicamente eles tomaram nossa propriedade e lucraram em cima dela sem nos dar o mínimo crédito, um agradecimento, nada", indica.

Eles já participaram do programa de Ellen DeGeneres, nos Estados Unidos, mas deram poucas entrevistas no Reino Unido.

Consultado pela BBC, o site Buzzfeed, que primeiro divulgou as imagens, disse que um leitor enviou a foto e que a empresa "leva muito a sério os direitos de propriedade intelectual e que se houver qualquer assunto inadvertente ou erro, serão corrigidos prontamente".

A ciência por trás da polêmica

De acordo com o site de tecnologia Wired.com, a chave para decifrar o enigma do vestido está na forma como os olhos e o cérebro evoluíram para ver cores na luz solar.

Como os seres humanos evoluíram para ver a luz do dia, seus cérebros começaram a levar em conta o fato de que a luz muda de cor. Os objetos têm um certo tom vermelho rosado de madrugada, mais azul-branco ao meio-dia, e voltam a ser mais avermelhadas no pôr do sol.

O cérebro tenta descontar o efeito da luz do sol (ou outra fonte de luz) para chegar a uma cor "verdadeira".

Por isso, algumas pessoas veem azul no vestido mas seus cérebros ignoram isso, atribuindo a cor azulada à fonte de luz, em vez de ao próprio vestido. Elas veem branco e dourado.

Os cérebros dos outros atribuem o azul que eles veem ao próprio vestido.

Este fenômeno existe há milhões de anos, mas há algo especial nesta foto do vestido que tornou as diferenças na forma como vemos a cor mais clara do que nunca.

Viral

Além da potencial briga judicial que deve ter início na Grã-Bretanha, o caso do vestido mostrou no ano passado a força que um assunto pode ganhar mundialmente ao se tornar viral na internet.

A matéria do site Buzzfeed, responsável por tornar o assunto polêmico no fim de fevereiro de 2015, recebeu mais de 39 milhões de acessos, foi compartilhada mais de 20 milhões de vezes e fez com que o site batesse o recorde de visitantes simultâneos: 670 mil pessoas acessaram a página ao mesmo tempo.

Logo depois o assunto também ganhou as páginas do jornal norte-americano "The Washington Post", da revista "Wired" e de vários blogs de moda, e o efeito dominó se seguiu pela internet, programas de TV e conversas de amigos ao redor do mundo.

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