O deputado federal alagoano Pedro Vilela (PSDB) declarou, no começo da noite desta quinta-feira (18), que ficando comprovado o suposto áudio atribuído ao presidente da República, Michel Temer (PMDB), o seu partido deve sair da base governista. Vilela avalia ainda que a divulgação do conteúdo vai inviabilizar a gestão de Temer, visto que ele perderia a base de apoio que o sustenta no Congresso Nacional.
De acordo com o deputado federal, as reuniões realizadas nesta quinta-feira no Congresso Nacional apontam no sentido de que os tucanos devem pular fora do governo assim que o Supremo Tribunal Federal (STF) quebrar o sigilo da delação que coloca em xeque a conduta de Michel Temer à frente da Presidência.
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"Fechamos [a direção nacional] a questão de esperar a divulgação do suposto material para então tomarmos uma decisão. Até o momento, o que temos são informações veiculadas em portais de notícias. Vamos esperar essa divulgação e, em seguida, adotar uma posição definitiva. Contudo, havendo a confirmação, acredito que a gestão fica sem condições de governabilidade", expôs Pedro Vilela.
Sobre as denúncias que envolvem o nome do então presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, Vilela não fez nenhuma ponderação sobre os diálogos, expressando apenas que ele já solicitou o afastamento da presidência do partido. Por meio de nota à imprensa, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), demostrou preocupação com os consequências do cenário atual.
Na nota, o prefeito ressaltou que apoia as investigações da Lava Jato e lamentou "que mais uma crise nacional, em tão pouco tempo, venha trazer ainda mais incerteza sobre os rumos do País e dos municípios brasileiros, que já sofrem muito com os efeitos da crise econômica. Rui Palmeira disse ainda que é importante a apuração e o esclarecimento dos fatos, para que o País possa superar este momento e voltar a crescer".