Imagem
Menu lateral
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
Imagem
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > POLÍTICA

TCU vê indícios de irregularidades em 34% dos doadores de campanha

Apuração se refere às eleições de 2016; 35 doadores têm atestado de óbito. Fiscalização também viu problemas em fornecedores de serviços.

O Tribunal de Contas da União (TCU), órgão do Legislativo de fiscalização, entregou nesta segunda-feira (5) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) relatório que identificou 38.985 doadores de campanha com indícios de irregularidades em contribuições feitas a candidatos na disputa municipal deste ano. O número representa 34% do total das 114.526 pessoas que doaram.

Segundo o TCU, há, por exemplo, 35 doadores já falecidos, com registros de óbito nos cartórios. Outra parte dos doadores - o número total ainda não foi divulgado - demonstrou indícios de ter doado valores acima do permitido. A legislação permite doação de até 10% da renda do ano anterior. Há, por exemplo, doadores cadastrados no Bolsa Família e em outros programas assistenciais, o que não é ilegal, mas levanta a suspeita de que a doação possa ter sido feita de forma incompatível com a renda.

Leia também

A fiscalização do TCU também identificou 1.426 fornecedores de campanha com indícios de irregularidades, como empresas sem capacidade operacional para entregar o serviço ou produto contratado, firmas sem empregados registrados ou não cadastradas na Receita Federal ou na Junta Comercial do município. O número representa 2,3% do total de fornecedoras fiscalizadas (60.952 prestadores de serviço).

Os dados apresentados pelo TCU foram compilados com base em relatórios financeiros entregues por candidatos e partidos a cada 72 horas, conforme as novas regras eleitorais aprovadas no ano passado. Os indícios serão agora enviados a juízes eleitorais, que terão 5 dias para determinar diligências - verificações para apurar se de fato há ilegalidades nas doações.

Se elas forem encontradas, deverão ser anexadas à prestação de contas do candidato, que corre o risco de ter a candidatura contestada e rejeitada, ao final do processo eleitoral.

"Hoje nós não temos mais doação da pessoa jurídica. Isso exige que o doador tenha capacidade para doação. Então, amanhã, se tivermos uma pessoa que recebe assistência social e faz doação, há algo de errado. Todos esses batimentos, isso pode resultar no final na impugnação do próprio candidato, pode haver abuso de poder econômico", afirmou o presidente do TSE, Gilmar Mendes.

"No momento, o TSE recebeu um número muito grande. Mas esse número poderá crescer e muito", afirmou Aroldo Cedraz, presidente do TCU.

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na App Store

Tags

Relacionadas