A quinta turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta quinta-feira (10), por quatro votos a um, manter as prisões do presidente da empreiteira Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, do executivo da empresa Elton Negrão e do publicitário Ricardo Hoffman, suspeitos de participar de fraudes em contratos com a Petrobras, investigadas pela Polícia Federal na Operação Lava Jato.
Somente o relator dos pedidos de liberdade, Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, votou para que eles fossem para prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. Os executivos da empreiteira estão presos desde junho e continuarão em prisão preventiva no Paraná.
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Durante a sessão desta quinta, o presidente da quinta turma do STJ, ministro Felix Fischer, disse que o Judiciário deve ter "firme atuação" em julgamentos dos crimes "gravíssimos" praticados contra a Petrobras e que deixaram a sociedade "perplexa".
Na sessão, o ministro Jorge Mussi também ressaltou que há necessidade de "estancar a parceria criminosa entre corruptos e corruptores". Para ele, por isso a manutenção das prisões dos executivos da Andrade Gutierrez se fez necessária.
Na próxima semana, segundo o STJ, será julgado o pedido de liberdade do dono da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, que também está preso desde junho.