Entidades de classes e sindicatos realizaram, na tarde desta sexta-feira (22), um protesto contra o texto da reforma da Previdência. O projeto encontra-se no Congresso Nacional e deve ser analisado pelos parlamentares até o fim do primeiro semestre. A manifestação começou na Praça Centenário e seguiu em direção ao Centro, com palavras de ordem e a cobrança de um maior diálogo.
Os sindicalistas alertaram que, apesar da versão do governo sobre a necessidade de reforma da Previdência para o equilíbrio das contas públicas, todo o sacrifício será pago pelo trabalhador brasileiro mais pobre, sobretudo os que ganham até um salário mínimo. Os sindicatos pedem mudanças no texto e defendem uma ampla discussão sobre a matéria, com a participação ativa da bancada federal de Alagoas.
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Durante o ato, motoristas e cobradores de ônibus pararam os veículos na Avenida Fernandes como protesto. Eles alegam que é preciso haver uma maior discussão sobre o texto, esclarecendo pontos que estão "obscuros" e outros que são "danosos". Os passageiros desceram e seguiram para os seus destinos de carona ou a pé.
"A gente não pode simplesmente pagar essa conta. Não fomos nós que quebramos as estatais, bem como não trouxemos prejuízos à Previdência. Ao longo de toda a vida, pagamos nossa contribuição e o justo é que, aos 60 anos, estejamos aposentados. É preciso ter ciência que o prejuízo não é provocado pelo trabalhador comum", expôs o motorista Eduardo do Nascimento em entrevista à imprensa.
Além de Alagoas, a manifestação aconteceu em diversos estados brasileiros, contando com a participação de servidores públicos, agentes da Polícia Civil e integrantes da Polícia Militar. A mobilização foi liderada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), além de movimentos sociais e rurais de todo o Brasil.
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