Há seis meses sem obter repasse financeiro do governo Renan Filho (MDB), a Casa do Coraçãozinho está com o atendimento comprometido. Funcionários do local denunciaram que o hospital não está agendando cirurgias e realiza apenas as de emergência. Em alguns casos, os procedimentos foram adiados para o ano que vem.
De acordo com o presidente da Casa, Cláudio Soriano, o repasse mensal de R$ 500 mil seria destinado para o pagamento dos salários dos funcionários e realização das cirurgias.
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"Com a colaboração dos colegas cardiopediatras nós estamos mantendo a nossa Casa do Coraçãozinho, os ecocardiogramas, as consultas mensais e pretendemos manter também os procedimentos cirúrgicos. Nesse caso, só estamos garantindo cirurgias de emergência, e foi feito um reagendamento para o mês de janeiro. Estamos contando com o apoio de todos da sociedade alagoana e com o compromisso do governo do Estado, no repasse dos recursos para a gente poder continuar com as nossas ações", afirmou o presidente.
Atualmente, 43 bebês aguardam na fila por uma cirurgia no coração. Desde que foi inaugurada em 2016, a Casa do Coraçãozinho já realizou mais de 11 mil procedimentos. A Defensoria Pública do Estado (DPE), inclusive, já tomou conhecimento do caso e acionou o governo de Alagoas, mas, até o momento, não obteve resposta.
"Uma preocupação é quanto à interrupção dos demais serviços. De imediato temos 43 bebês esperando por cirurgia cardíaca, que nasceram com cardiopatia ou com doença no coração e que precisam de uma ação imediata. Nós aguardamos uma manifestação oficial do governo do Estado para que não haja prejuízo para os pequenos", disse o defensor público Fabrício Leão Souto.
Procurada pela reportagem daTV Gazeta, a Secretaria de estado da Saúde (Sesau) informou que ninguém falaria sobre o assunto.