O candidato a prefeito de Maceió Rafael Brito (MDB) prometeu tarifa zero aos usuários do transporte urbano, todos os dias na semana e 24 horas por dia. Ele disse que esse será o seu primeiro ato ao assumir o comando da gestão municipal da capital. Além disso, propõe instituir um programa de combate à fome para alcançar 20 mil famílias que vivem na extrema pobreza. Ele foi sabatinado no programa Boletim Gazeta, na Gazeta News, na manhã desta sexta-feira (6), e apresentou as ideias para administrar a capital.
Brito citou que, em seu programa de governo, informado à Justiça Eleitoral, consta a criação do programa Destrava Maceió. Em parceria com o governo do Estado, a iniciativa prevê medidas de ordenamento urbano e uma série de intervenções na cidade. O candidato criticou a gestão municipal que deixou de apresentar um plano de mobilidade urbana e, por este motivo, está impedida de receber recursos neste sentido.
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“Vamos ampliar o modal do transporte público e instituir o programa Vou de Graça, com tarifa zero de ônibus em Maceió. Ninguém vai pagar mais passagem do transporte coletivo na capital. Também propomos faixa azul ampliada, mobilidade ativa e arvorismo para se poder andar nas calçadas com tranquilidade. Enquanto temos proposta, a prefeitura não tem planejamento e chegou a anunciar o BRT sem, ao menos, ter projeto pronto”, comenta.
Ele prometeu criar o programa Maceió Sem Fome, para conceder R$ 150, como transferência de renda, a mais de 20 mil famílias na extrema pobreza na capital. A intenção, segundo ele, é contribuir para reverter a situação de fome desse segmento da sociedade.
Habitação
Para reduzir o déficit habitacional, o candidato do MDB pretende se aliar com o governo do Estado e trabalhar no sentido de atrair mais moradias no âmbito do programa federal Minha Casa, Minha Vida. Ele mencionou que Alagoas inscreveu 1 mil imóveis na iniciativa enquanto a prefeitura não se preocupou com esta área.
“O prefeito não inscreveu nenhuma casa no MCMV. Entregou o residencial do Vergel do Lago, que foi iniciado no governo Dilma, ainda pelo prefeito Rui Palmeira. O governo Lula terminou e o prefeito entregou, mas ali são recursos federais. Vivemos um drama social de pessoas que vivem em grotas, que perdem o dinheiro do Bolsa Família, para pagar aluguel, enquanto temos um prefeito desumano”, relatou.
Educação
Brito garantiu instituir o programa Escola 10 Maceió, nos mesmos moldes da ação do governo do Estado. A proposta concede bolsa mensal para contribuir com a permanência do aluno em sala de aula e financiar a conclusão do ensino fundamental. Todos os alunos da rede municipal receberão a bolsa, se não faltarem à aula, segundo o candidato prometeu.
Ele disse que vai atuar no sentido de valorizar os profissionais da Educação e mudar a realidade de Maceió ocupar o 19ª lugar dos salários destes servidores do País. “Também vamos ampliar a oferta de escolas em tempo integral. Atualmente, a cidade está em 22º lugar em oferta de matrículas neste regime. O estado é o sexto. Maceió precisa elevar para 40% a quantidade de matrículas em tempo integral”, defendeu.
Infraestrutura
Neste ponto, o candidato disse que, se eleito, vai priorizar a melhoria do pavimento das ruas, principalmente na periferia. “A prefeitura tem orçamento de R$ 5 bilhões, mas saiu um ranking de eficiência esta semana mostrando que Maceió ficou em penúltimo lugar entre as capitais. Aqui se gasta muito e se entrega pouco para a população”, avalia.
E completa: “O prefeito vive de gastança, de abundância, de festa, de desfile de escola de samba, que custou R$ 8 milhões no Rio de Janeiro e a população não recebe nada além de curtidas do instagram do prefeito”.
Outras áreas
Sobre os bairros afundados, Brito prometeu trabalhar pela indenização dos moradores ilhados (do Bom Parto e dos Flexais). Para geração de emprego e renda, prevê investimento no potencial turístico, concedendo incentivos fiscais para empresas, a criação de um polo multissetorial na parte alta e fomento ao empreendedorismo jovem.
Ao funcionalismo, o candidato disse que vai atuar para cumprir a lei do piso salarial de várias categorias, a exemplo dos agentes de saúde e de endemias.
Para o meio ambiente, a proposta é adotar o transplante de árvores adultas, aumentar o metro quadrado de solo que absorva a água da chuva e criar um grande parque público e memorial na área devastada pela Braskem. E, na saúde, a proposta dele é aumentar as equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e construir 40 policlínicas com atendimento de várias especialidades.