A pré-candidatura do ex-deputado e ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) está firme e em busca de alianças desde que o processo de discussão com partidos foi aberto. Na tarde desta terça-feira (1º), a informação de que a definição sobre a candidatura de Lessa seria resolvida em até 48h, agitou os bastidores, mas na verdade o processo e a peregrinação continua..
"Nossa convenção ocorre no dia 12. Estamos e continuamos em busca das melhores possibilidades que viabilizem nossa candidatura. Já temos alguns partidos interessados, mas como o processo está em aberto, as conversas continuam", disse Lessa.
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Quanto as dificuldades de encontrar um partido de maior expressão, ele considerou algo natural, já que no 1° turno as legendas costumam querer se auto afirmar. Entretanto, lembrou que a força de sua pré-candidatura está na espontaneidade de seu nome ter surgido em terceiro lugar nas duas pesquisas realizadas até o momento.
"Temos projeto e experiência. E com isso que estamos conversando com os partidos", afirmou Lessa, lembrando que foi prefeito, por duas vezes governador e deputado federal.
O partido, por exemplo, pode confirmar a aliança com o PSol e anunciar como vice a ex-reitora da Ufal, professora Dra. Valéria Correia. No momento, a legenda conta também com o apoio da Rede que tem como liderança no estado, a ex-vereadora e ex-senadora Heloísa Helena, pré-candidata a vereadora.
Nacional
Ronaldo, entretanto, reconheceu que as conversas entre as direções nacionais do PDT e do PSB em torno de uma acordo criam uma nova situação para o contexto do processo. Ainda assim, como o próprio presidente Nacional do PDT Carlos Lupi não lhe deu nenhuma nova posição, para ele, prevalece o que foi conversado em Brasília.
Conforme lembrou, na semana passada, em reunião com o próprio Lupi, Lessa garantiu que diante dos números, as condições de ida para o segundo turno, em Maceió eram objetivas.
O imbróglio começou quando o PDT viu a possibilidade de, ao apoiar o PSB neste pleito, passar a contar com os socialistas em 2022 no palanque de Ciro Gomes. Isso, porém, tem criado embaraços em várias capitais. Em Recife, os pedetistas têm dois nomes: o deputado Túlio Gadelha (PDT) e a ex-secretária de Habitação, Isabella de Roldão.
A pressão nacional é para que desistam e apoiem o filho do ex-governador Eduardo Campos, o deputado federal João Campos. Caso isso não ocorra o PSB pode romper com a aliança em mais de 30 cidades do interior do Estado.
Efeito
Se a pressão, no Recife, fizer o PDT abrir mão de sua candidatura, isso pode ter desdobramentos, também, em Alagoas. "Por tabela", chegou a comentar Lessa, que também monitora a situação na capital pernambucana.
A questão é tão grave que até o presidente Carlos Lupi está na cidade para por fim ao impasse. Nesta terça dia 2 o partido deveria realizar sua convenção. Mas, sem acordo adiou para o dia 8 de setembro.