O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, afirmou ao G1 nesta quarta-feira (11) que marcou para o próximo dia 30 uma reunião do Diretório Nacional do partido para decidir se expulsará ou não os senadores da legenda que votarem a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A sessão do Senado que pode afastar a presidente do cargo por até 180 dias foi iniciada na manhã desta quarta e a expectativa é que entre a noite e a madrugada de quinta (12) o pedido de impeachment seja votado.
Leia também
Dos três senadores da legenda, Acir Gurgacz (PDT-RO), Lasier Martins (PDT-RS) e Telmário Mota (PDT-RR), Acir e Lasier se manifestaram publicamente a favor do impeachment.
"Nós vamos fazer uma reunião no próximo dia 30 para decidir se vamos expulsar ou não [os senadores pró-impeachment. O partido tinha uma posição definida e eles decidiram ir contra", disse Lupi ao G1. Ele foi ministro do Trabalho nos governos Lula e Dilma.
Procurado, o senador Lasier Martins afirmou que na semana passada apresentou sua defesa oral e escrita à comissão de ética do PDT argumentando que sua decisão tem de se basear no "compromisso com os fatos, com a consciência e com o próprio convencimento, não com decisões partidárias".
"Também sustentei que discordar do presidente do partido não encontra fundamento no estatuto do partido [que justifique a expulsão]. É um direito que nós temos poder discordar do presidente. Agora, se for expulso, vou receber essa decisão serenamente, vou ficar um tempo sem partido e depois escolher um outro para me filiar", disse Lasier.
Ao G1, a assessoria de Acir Gurgacz informou que o senador não gostaria de deixar o partido, já explicou ao presidente Carlos Lupi os motivos que o levaram a votar favoravelmente ao impeachment e apresentará sua defesa ao Diretório Nacional do PDT para evitar a expulsão.