
O candidato a prefeito de Maceió resgatou, nesta terça-feira (13), uma foto com Eduardo Campos, falecido há dez anos na mesma data. Campos era candidato à presidência em 2014 quando o avião em que viajava do Rio de Janeiro a Guarujá caiu em um bairro residencial em Santos (SP).
Na política, Campos mantém seu legado através de seus filhos João Campos (prefeito de Recife) e Pedro Campos (deputado federal por Pernambuco). Eduardo era neto de Miguel Arraes, que também morreu em 13 de agosto, mas em 2005.
Leia também
“Há dez 10 anos, em 13 de agosto, partia Eduardo Campos. Mas o seu legado e ensinamentos seguem vivos, firmes e fortes. Registro aqui a minha singela homenagem. Meu abraço fraterno ao João Campos, Pedro Campos e toda querida família, amigos, correligionários e ao povo”, escreveu Lobão em suas redes sociais.
Nas redes sociais, João Campos publicou uma homenagem a Eduardo, rememorando os 10 anos de saudade. A família participou de uma missa em memória à data.
“No dia em que a saudade bate mais forte, a gente se conecta através da fé. A fé que o meu pai também nos ensinou a cultivar, e que segue firme desde sempre em nossa família. Nós honraremos toda essa grandeza que é a vida de Eduardo Campos, e eu sigo aprendendo com ele mesmo na ausência”, escreveu Eduardo.
O presidente Lula (PT) afirmou que o legado de Eduardo Campos continua vivo, em especial em seus filhos. Ele revelou que via Eduardo como um presidente da República.
“Eduardo fazia política sem ódio. Herdou do avô o gosto pela negociação, a sensibilidade social e a habilidade para unir as pessoas. Nossa parceria no meu segundo mandato foi a das mais fortes que já tive com um governador, e levou desenvolvimento para Pernambuco. Mais do que uma respeitada liderança pernambucana e nordestina, se tornou uma referência nacional. Infelizmente, ele nos deixou muito cedo, privando o Brasil de um de seus homens públicos mais preparados, uma pessoa que eu via como um futuro presidente da República”, publicou Lula.
Eduardo Campos morreu aos 48 anos, três dias após o seu aniversário. O avião caiu no bairro do Boqueirão, em Santos, em um terreno baldio cercado por comércios e prédios residenciais. Além de Eduardo, morreram Alexandre Severo e Silva, fotógrafo; Carlos Augusto Leal Filho, assessor; Pedro Valadares Neto, assessor e ex-deputado federal; Marcelo de Oliveira Lyra, cinegrafista; e os pilotos Geraldo Magela Barbosa da Cunha e Marcos Martins.
Até agora, a causa da queda do avião não foi definida e o processo está arquivado. Em 2018, a Polícia Federal concluiu o inquérito e apresentou quatro possibilidades: colisão com um elemento externo; desorientação espacial; falha de profundos; e falha de compensador de profundor. O profundo é uma parte do estabilizador horizontal e é responsável pelo controle do movimento da aeronave em torno do eixo lateral.
Em novembro de 2023, o advogado Antônio Campos, irmão de Eduardo Campos, pediu que o processo fosse reaberto. A Justiça Federal encaminhou o documento à Procuradoria-Geral da República, mas o entendimento foi de que não haviam elementos para a reabertura do inquérito.