Mesmo sob suspeição da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), o governador Renan Filho (MDB) nomeou, nesta semana, mais quatro servidores para atuação no desativado Gabinete da Vice-Governadoria.

O órgão está sem um titular desde o dia 1º de janeiro deste ano, quando Luciano Barbosa (MDB) deixou o cargo de vice-governador para assumir a Prefeitura de Arapiraca. Deputados da oposição acusam o governo de manter uma espécie de ‘gabinete fantasma’.

Os nomes dos novos funcionários da repartição, que deveria estar desativada, foram publicados em quatro decretos diferentes no Diário Oficial do Estado (DOE). Pela contagem dos parlamentares, são mais de 20 servidores nomeados, mas ninguém sabe que funções exercem, na prática.

Desta vez, foram nomeados José Newton Gomes Leitão, Fernanda Beatriz da Silva Ribeiro, Pedro Victor Alves Castro e Luiz Antonio da Silva, todos para exercerem o cargo, de provimento em comissão, de assessor técnico de interiorização.

A pedido do deputado Davi Maia (DEM), a ALE aprovou, na semana passada, a convocação do superintendente de Planejamento, Orçamento, Finanças e Contabilidade do Gabinete da Vice-Governadoria, José Carlos Gomes.

Maia citou nomeações que considera irregulares para o órgão, levando em consideração que o Estado não tem vice-governador nem prédio próprio para abrigar esta repartição, sendo um claro exemplo de ‘gabinete fantasma’. Ele sugere que Carlos Gomes seja interrogado para esclarecer sobre as atuais atividades da Vice-Governadoria.

Por meio de nota, o governo do estado informou que todas as funções administrativas da estrutura continuam ativas.

Confira abaixo:

NOTA

A Governadoria é um órgão da administração direta do Estado, constituída pelo Gabinete do Governador, Vice-Governadoria e Gabinete Civil. Como estrutura da administração direta , a Vice-Governadoria é pautada por três linhas de atuação previstas na Lei Delegada: gestão estratégica, gestão de estado e gestão finalística.

Dentro da gestão finalística, portanto, a Vice-Governadoria cumpre a articulação política e social e a interiorização, pois todas as funções administrativas da estrutura continuam ativas.