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Lei busca reduzir amputações e qualificar atendimento a pacientes diabéticos em Maceió

A lei estabelece que cada UBS deve estar capacitada para identificar os primeiros sinais da doença


			
				Lei busca reduzir amputações e qualificar atendimento a pacientes diabéticos em Maceió
Durante o encontro, foi firmada uma parceria entre a Prefeitura de Maceió e a Uncisal.. Assessoria

A rede municipal de saúde de Maceió avança na implementação do Programa de Atenção ao Pé Diabético (PAPE), criado a partir da Lei do Pé Diabético, de autoria do vereador Leonardo Dias (PL). A iniciativa visa qualificar os profissionais da atenção básica para identificar e tratar casos precoces da condição, reduzindo a necessidade de amputações.

A lei estabelece que as Unidades Básicas de Saúde (UBS) devem estar capacitadas para identificar os primeiros sinais da doença, enquanto as Unidades de Referência à Saúde (URS) deverão atuar em quadros mais complexos, encaminhando os pacientes a leitos hospitalares quando necessário.

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Na manhã desta quinta-feira (30), Dias participou de uma reunião com o secretário municipal de Saúde, Claydson Moura, o reitor da Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), Dr. Henrique Costa, e o cirurgião vascular, Dr. Guilherme Pitta, para discutir a execução do programa na capital.

Durante o encontro, foi firmada uma parceria entre a Prefeitura de Maceió e a Uncisal para oferecer treinamento aos profissionais da rede básica. O objetivo é preparar os agentes de saúde para tratar feridas iniciais em pacientes diabéticos e encaminhar os casos mais graves com maior agilidade.

“Tenho o hábito de visitar as UPAs e, muitas vezes, encontro pessoas com pé diabético. A piora da condição é muito rápida e, infelizmente, a maioria dos casos que acompanhei foram encaminhados para amputação. Isso representa um impacto enorme tanto para as pessoas quanto para o sistema de saúde. Preocupados com essa realidade, Dr. Pitta e eu pensamos em reestruturar a rede para mudar essa estatística”, explicou Leonardo Dias.

Impacto da lei na saúde pública

O cirurgião Dr. Guilherme Pitta, parceiro na elaboração da lei, destacou que Alagoas lidera o ranking de amputações e que a capacitação dos profissionais ajudará a reverter esse cenário.

“Os profissionais da atenção básica estarão aptos a identificar feridas iniciais e tratar os casos mais simples. Já os quadros mais graves serão direcionados às unidades de referência. Dessa forma, começamos a reduzir esse índice alarmante no estado”, afirmou Pitta.

O reitor da Uncisal, Dr. Henrique Costa, detalhou como será a capacitação oferecida pela universidade. “Estamos estabelecendo uma parceria com a Prefeitura, utilizando nossa expertise e nossos técnicos, com o Dr. Pitta como referência no tratamento do pé diabético. Além disso, nossos futuros formandos sairão com conhecimento sólido nessa área”, explicou.

O secretário municipal de Saúde, Claydson Moura, destacou a importância do projeto. “Fazer parte dessa iniciativa me enche de alegria e gratidão. Ajudar a colocar em prática a Lei do Pé Diabético só reforça a certeza de que vale a pena servir”, declarou.

Expansão para todo o estado

A implementação da lei em Maceió já abre caminho para sua expansão em nível estadual. Em junho de 2024, Dr. Guilherme Pitta se reuniu com o procurador-geral de Justiça de Alagoas, Lean Araújo, para discutir a ampliação do PAPE para todo o estado, diante dos altos índices de amputação registrados em Alagoas.

“Com a implementação iminente em Maceió, aproveitamos o encontro para discutir a possibilidade de expandir essa iniciativa para todo o estado, considerando os números alarmantes de amputações”, destacou o procurador-geral.

A expectativa é que a medida reduza significativamente os casos de amputação em Alagoas, garantindo atendimento mais ágil e eficiente aos pacientes com pé diabético.

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