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HOME > notícias > POLÍTICA

Lava Jato: Bretas manda prender novamente empresário que Gilmar soltou

Ação desta quarta-feira (4) cumpriu 22 mandados de prisão por fraude na Saúde do RJ

O CEO da General Eletric para a América Latina, Daurio Speranzini Junior, foi preso na Operação Ressonância, deflagrada na manhã desta quarta-feira (4) pela Polícia Federal.

A investigação é um desdobramento da Operação Fatura Exposta, que prendeu o ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes em abril de 2017. Ela aponta fraudes em licitações da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro e no Into (Instituto Nacional de Traumatologia) desde 1996.

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O pedido de prisão contra Speranzini Junior cita tanto fatos relacionados ao período em que foi CEO da Philips Medical no Brasil, até 2010, como no comando da GE no continente.

Outra grande multinacional sob investigação é a Johnson & Johnson. O Ministério Público Federal chegou a pedir busca e apreensão na sede da companhia no país, mas ela não foi autorizada pela Justiça.

Há ainda um mandado de prisão contra outro executivo da Philips do Brasil à época dos fatos investigados: o gerente Frederik Knudsen.

Além da própria Philips, estão na mira dois executivos da Dixtal Biomédica, empresa adquirida pela multinacional holandesa no Brasil.

O Ministério Público Federal aponta como o responsável por "disseminar as práticas criminosas" na firma holandesa o ex-sócio da Dixtal Albert Holzhacker, também alvo de mandado de prisão.

Um dos alvos da operação é o empresário Miguel Iskin, que já havia sido preso na Fatura Exposta, e solto em dezembro por decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Ele é apontado como um organizador do cartel de pregões internacionais na pasta e no Into desde 1996.

De acordo com as investigações, Iskin cobrava um "pedágio" de 13% sobre os valores de contratos para fornecimento de próteses e órteses. A comissão cobrada para empresas internacionais chegava a 40%, segundo o Ministério Público Federal.

Grande parte das informações sobre a atuação da Philips no Brasil foi obtida por meio do depoimento de um ex-funcionário da multinacional, que trabalhava na Dixtal quando ela foi adquirida pela empresa holandesa. Segundo a Procuradoria, ele relatou ao setor de compliance as fraudes organizadas por Iskin, sem que a empresa tomasse qualquer atitude para evitá-las.

"A conivência de executivos da Philips nas práticas criminosas restou evidenciada pela reação da empresa diante das denúncias, o que, à época, gerou apenas a intervenção administrativa da multinacional junto ao Ministério da Saúde para retirada do nome da sociedade do contrato firmado em decorrência da licitação, sem que fosse apontado o sobrepreço ao referido órgão ou rescindido o contrato firmado com a empresa Rizzi [representante comercial]", afirma o MPF.

O funcionário, que preferiu não se identificar, acabou demitido da Dixtal e recontratado pela Philips num cargo de menor nível, segundo o MPF. A Procuradoria afirma ainda que Speranzini Junior foi demitido em 2010 "após investigação interna".

O executivo foi contratado pela GE no ano seguinte como gerente-geral de sistemas de saúde. Foi promovido a vice-presidente comercial e executivo-chefe para a América Latina, antes de chegar ao posto de CEO no continente.

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