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HOME > notícias > POLÍTICA

Governo Renan Filho aumenta gastos com locação de veículos

No ano passado, contrato com locadoras teve reajuste de 3,3%; valores repassados já chegam a R$ 250 milhões na atual gestão

Em meio à falta de reajuste ao funcionalismo público estadual, sob a alegação da falta de recursos, o governo Renan Filho (MDB) gasta quase R$ 50 milhões por ano com locação de veículos. Tomando-se como base contrato com o Consócio Locação Nordeste, formado por várias empresas e com sede inscrita no bairro Ponta da Terra, em Maceió, e reajustes aplicados desde o início da atual gestão até agora, os valores podem superar os R$ 250 milhões.

Apenas em 2019 o total anual é de a R$ 49.066.456,92, conforme dados do próprio Portal da Transparência de Alagoas. Enquanto os servidores sofrem com perdas salariais e ficaram este ano sem nem mesmo a reposição da inflação, o que deve se repetir também em 2020, achatando ainda mais os vencimentos, o governador, por meio da Agência de Modernização da Gestão de Processos (AMGESP), concedeu reajuste ao contrato com as locadoras superior a 3,3%. Só com os órgãos da governadoria, que incluem o Gabinete Civil, gabinete do vice-governador Luciano Barbosa (MDB) e a própria AMGESP, desde 2015, já foram gastos R$ 5.877.180,48 com aluguel de carros.

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Desse total, a maior parte, ou seja, mais de R$ 3 milhões foram gastos com locação de veículos utilizados pelo governador e assessores do Palácio República dos Palmares. Esses gastos cresceram em 2017 e, principalmente, 2018, anos pré-eleitoral e eleitoral, respectivamente.

Em 2015, por exemplo, os custos com locação para uso do governador foram de R$ 343.192,63. Em 2018, em plena campanha à reeleição, este valor saltou para R$ 911.485,06. Os desfiles em carros de alto valor, como as camionetes de luxo, utilizados por Renan Filho, custam caro ao contribuinte. De 2014, último ano do governo Teo Vilela (PSDB), até 2018, foram feitos sete termos aditivos, o último elevou o valor mensal da locação para 4.088.871,41.

Todos eles firmados pela agência de modernização criada por Renan Filho e que tem à frente Wagner Morais de Lima, amigo do governador e que chegou a ser preso no último mês de setembro, na operação Casmurro da Polícia Federal, que segue em apuração sobre desvios nos contratos de transporte escolar na Secretaria Estadual da Educação, pasta comandada pelo vice-governador, Luciano Barbosa.

Nesse quesito locação de veículos, a política adotada pelo governador tem sofrido críticas de representantes de servidores e deputados de oposição na Assembleia Legislativa Estadual, que também chamam a atenção ao fato de que as despesas ao final se tornam ainda maiores, além do aluguel dos carros, por incluir outros pontos como combustível e pessoal como motorista.

Por outro aspecto, caso os gastos com locações fossem destinados em benefício da própria máquina do governo, ou seja, para o patrimônio público, política já negada por Renan Filho, que prefere transferir à iniciativa privada, daria parte ter comprado - até agora - 5 mil carros em torno de R$ 50 mil cada um deles, para reforçar a frota oficial nesses cinco anos de governo. Ou, se fossem revertidos em moradia popular aos alagoanos mais necessitados, tomando-se como base imóvel no valor de R$ 25 mil, daria para construir 10 mil residências.

O OUTRO LADO

Diante das informações trazidas na reportagem acima, o governo Renan Filho quebrou, finalmente, o silêncio que mantinha sobre as denúncias de irregularidades no seu governo e, por meio de nota, tenta desqualificar os dados sobre os contratos com valores milionários que envolvem a locação de veículos na atual gestão. Apesar disso, um rosário de outras denúncias seguem sem respostas, a exemplo dadevolução de recursos federais a Brasília; oescândalo das próteses que pode chegar a R$ 30 milhões de prejuízo para a Saúde de Alagoas; a operação da Polícia Federal que aponta para umesquema de que pode chegar a R$ 20 milhões na pasta da Educação, entre outras denúncias.  Confira, abaixo, as explicações:

A frota que hoje se encontra à disposição do Estado é indispensável ao funcionamento de todos os 27 órgãos da administração direta e indireta e das 22 secretarias, além da vice-governadoria e gabinete do governador. Cerca de 70% desses veículos são utilizados pelas forças de Segurança Pública e estão nas ruas das 102 cidades alagoanas atuando no policiamento da Força Tarefa, do Ronda no Bairro e das polícias Militar e Civil; na prestação dos serviços do Corpo de Bombeiros e nas operações de combate ao crime.

De janeiro de 2015 a dezembro de 2019, a ampliação da atuação das forças de Segurança no Estado de Alagoas - com mais presença nas ruas e mais operações policiais - foi a grande responsável pela redução recorde da taxa de homicídios e de todos os tipos de crimes, como assaltos a bancos, ônibus e patrimônio.

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