Após determinação da Justiça Federal, o governador Renan Filho (MDB) anunciou que os 26 novos leitos na Maternidade Escola Santa Mônica vão ser abertos na semana que vem. Ele passou esta informação à imprensa, na manhã desta quinta-feira (1º), antes da solenidade de entrega de cestas nutricionais, no Centro de Convenções de Maceió.
Segundo o governador, a Santa Mônica vai, enfim, melhorar a capacidade de lotação e, com isso, prestar um melhor serviço à população. "Encontramos a maternidade fechada e, hoje, não registramos mais superlotação e nenhuma mãe fica desatendida em corredores lotados", analisa.
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Ele também anunciou o lançamento do programa Ponte, que visa ampliar os leitos de retarguarda na rede hospitalar credenciada na saúde do Estado. Segundo Renan Filho, serão 127 novos leitos e que devem desafogar o Hospital Geral do Estado (HGE).
Pela explicação, o novo programa vai abrir vagas em unidades hospitalares para pacientes que chegarem ao HGE, por exemplo, com condições de transferência.
A Justiça Federal havia dado um prazo de 45 dias para que a Universidade Estadual de Ciências da Saúde (Uncisal) implantasse os 26 novos leitos. Reuniões foram feitas, mas sem qualquer acordo.
Uma inspeção feita na Santa Mônica impediu que os leitos fossem abertos. Percebeu-se que faltava estrutura no ambiente. Além disso, enquanto os leitos nas unidades de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e Cuidados Intensivos (UCI) não ficam prontos, a Justiça Federal determinou que o Governo do Estado deve custear os atendimentos dos recém-nascidos nas maternidades da rede privada.
O Ministério Público ficou de fazer uma nova inspeção na Santa Mônica durante os 45 dias determinados pela justiça para avaliar a evolução do processo de abertura dos leitos.
ESCOLA LIVRE
Sobre a convocação do Supremo Tribunal Federal (STF) para dar explicações sobre a Ação de Inconstitucionalidade contra o projeto Escola Livre, o governador informou que assim que tiver oportunidade vai atender ao ministro Roberto Barroso.
"A escola deve ter completa independência de tratar todos os temas. O povo tem que ser livre, livre de pensamento, para expressar a sua opinião, para o que vier à cabeça. O Brasil é um país plural e que deve reconhecer as suas minorias", disse o Renan Filho.