José Augusto Morelli, funcionário do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que multou Jair Bolsonaro por pesca ilegal em 2012, afirmou que a anulação da multa, feita durante o governo Bolsonaro, foi açodada e aconteceu em um um contexto “absolutamente atípico”. Em documento assinado na última sexta-feira (29/9), Morelli concordou com a decisão do Ibama de reabrir o processo contra o ex-presidente.
Baseado em um parecer da Advocacia-Geral da União, o Ibama reabriu o processo contra Bolsonaro no último dia 17. O órgão considerou que o arquivamento do caso foi irregular. O relato de Morelli é parte desse processo. Em 2012, o servidor multou em R$ 10 mil o então deputado federal por pesca ilegal na Estação Ecológica de Tamoios, na região de Angra dos Reis (RJ).
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Morelli ressaltou que Bolsonaro resistiu duramente à fiscalização: se recusou a se identificar, resistiu a sair da área proibida e alegou, sem provas, ter autorização para a pesca. A fiscalização teve riscos de “escalar para o uso da força”, escreveu o fiscal, que trabalha no Ibama há 20 anos.