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Em seu discurso, o magistrado não recorreu à equidistância como zona de conforto

Maior autoridade do Judiciário alagoano enfatizou o poder transformador da política

O que poderia ser apenas mais uma concessão da Medalha de Mérito Tavares Bastos, a sessão especial destinada a homenagear o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Tutmés Airan, foi marcada por um simbolismo especial.

Em tempos bicudos e de recorrentes atos de intolerância, o homenageado não buscou a equidistância como abrigo confortável, enfatizando em seu discurso o poder transformador da política.

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O discurso do magistrado, no plenário do Parlamento alagoano, realçou a ação política como fundamental para a humanidade. "Só a política transforma, não há sociedade humana sem essa atividade". O desembargador cultiva o entendimento de que o Poder Judiciário, com seu papel fiscalizador, deve, preferencialmente, compartilhar responsabilidades, acolhendo e dividindo ônus para mudar a vida das pessoas.

Vale aqui mencionar passagens de um ensaio da advogada Fernanda Caprio, mestra em políticas públicas, ao tratar do tema: "O ser humano é político pela própria natureza e a sociedade só progride e se desenvolve através do trabalho dos agentes políticos. Negar a política, é negar a própria essência humana".

Numa viagem no tempo, o reencontro com o pensamento de Ulysses Guimarães, em 1979, quando o País dava mais um passo pela reconciliação, através da Lei da Anistia: "A conquista da democracia se faz na liça da política e na liça social".

Foi no espaço da cidadania que a expressão popular reagiu nessas eleições municipais. Mesmo com o drama da pandemia, as urnas sinalizaram para o exercício da política e rejeição a "outsiders", que a renegam, embora refugiados nela.

O filósofo francês André Comte-Sponville concluiu que se pode entender a política como o debate sem violência e o conflito sem armas. Para ele, está enganado quem anuncia o fim da política, pois seria o fim da humanidade, da liberdade e da própria história.

Se avistamos 2021 com grandes desafios, não pode restar dúvida de que as soluções para superá-los nascerão pela ação legítima de nossas representações políticas, e pelo debate plural e democrático desenvolvido no campo da manifestação de ideias.

Numa quadra da conjuntura em que tanto já se recorreu às barras da Justiça para judicializar a política, merece menção a palavra da maior autoridade do Judiciário alagoano. Afinal, é pela sensibilidade inerente à atividade política que surgem as atitudes e os projetos que mudam a vida da coletividade.

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