O processo eleitoral de Marechal Deodoro, no Litoral Sul de Alagoas, segue causando polêmica. Nesta quinta-feira (19), em frente ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Alagoas, no bairro do Farol, um grupo de eleitores fez um protesto, contestando o resultado e pedindo uma nova eleição. Uma equipe do 1º Batalhão da Polícia Militar (1º BPM) esteve no local para conversar com os manifestantes.
A Justiça já se posicionou ao legitimar a eleição na cidade, argumentando que todo o pleito foi devidamente acompanhado pela assessoria jurídica e fiscais de candidatos, partidos e coligações.
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"Estamos revindicando uma nova eleição e o afastamento da juíza eleitoral de Marechal, devido às fraudes, compra de voto, ameaças, violação das urnas. Tudo chegando em moto de delivery sem escolta, em ônibus. Só vamos sair quando conseguirmos uma reunião com um representante legal do TRE", disse Aline Patrícia dos Santos Rocha.
Os manifestantes informaram que entregaram todas as provas à Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas (OAB/AL). Por meio de nota, a OAB disse que recebeu, através da Comissão Especial das Eleições Municipais, um grupo de eleitores de Marechal Deodoro nessa quarta-feira (18).
"Seguindo os protocolos, a Ordem recebeu as informações e fará os necessários encaminhamentos para as autoridades competentes, destacando que o direito de defesa e o devido processo legal devem ser sempre observados. Por fim, a OAB Alagoas informa que não orientou a realização de manifestações por parte de grupos políticos contra instituições que participaram dos trabalhos nas eleições", informou.
PLEITO LEGÍTIMO
No começo da semana, no último dia 17, a Justiça Eleitoral rebateu as denúncias de irregularidades na eleição no município de Marechal Deodoro. A juíza Fabíola Melo Feijão, da 26ª Zona, esclareceu, em nota oficial, que "toda a organização, logística e conclusão da eleição municipal ocorreu dentro das regras e com o devido acompanhamento da assessoria jurídica e de fiscais de candidatos, partidos e coligações".
A magistrada disse, ainda, que a demora na divulgação dos resultados ocorreu em razão da concentração, por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dos números do Brasil inteiro. Também houve problema na extração das mídias de 22 urnas, que precisaram ser retiradas no cartório eleitoral, fazendo com que o resultado demorasse um pouco mais para sair.
Na mesma linha, o Ministério Público Eleitoral da 26ª Zona - Marechal Deodoro, por meio de nota, esclareceu que todo o processo relativo ao pleito ocorrido no município transcorreu dentro da legalidade, não restando quaisquer questionamentos a respeito da lisura das eleições. A promotoria local reagiu a fake news e pediu que os advogados do candidato que perdeu a eleição ratifiquem publicamente que o resultado das urnas é legítimo e que eles informem à população sobre essa legalidade.
