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É lamentável, mas estatísticas apontam para uma Alagoas socialmente estagnada

Estado encerrou 2018 com 300 mil jovens, de 15 a 29 anos, que não trabalham nem estudam

Evento recentemente realizado no Rio de Janeiro, na sede do Centro de Informação da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Brasil, reuniu um grupo de jovens universitários incumbido da seguinte tarefa: debater formas para redução da pobreza e das desigualdades e de proteção ao meio ambiente.

Na busca da sustentabilidade e de um futuro que idealizam, entenderam como base valorizar a educação, os recursos naturais e a prática da agricultura familiar.

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Como estamos tratando da preocupação dos jovens pela conquista da qualidade de vida na sociedade, vale refletir sobre o que os gestores fazem, de fato, nessa direção, e o que se dissemina para falsear a realidade.

Agora, o governo do Estado, ao gastar dinheiro público com anúncio de voo de Portugal, a partir do ano que vem, empolga-se a ponto de dizer que, enquanto o Brasil caminha para trás, Alagoas segue para frente.

A vida concreta das pessoas tem, na verdade, enredo distinto daquele que tenta impingir na mente dos que compadecem pela ineficiência governamental. Se o País apresenta aos brasileiros um lamentável quadro, o que dizer da tragédia social que aflige milhares de alagoanos, comprometendo também o futuro da nossa juventude?

Dentre tantas promessas, o governo Renan Filho escreveu também no site oficial: criar soluções e acelerar o desenvolvimento sustentável, com inclusão social e produtiva. Infelizmente, as estatísticas mais recentes apontam para um quadro socialmente estagnado. É como se o Estado tivesse embarcado numa viagem sem escala, rumo ao atraso.

Os reflexos estão desnudados em índices respeitáveis: o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atestou que Alagoas acumula a maior taxa de desalentados. Do total de desempregados, há 16,5% que desistiram de procurar emprego. O estado encerrou 2018 com 300 mil jovens, de 15 a 29 anos, que não trabalham nem estudam.

Para comprovar ainda mais o atraso social, o número de alagoanos em situação de extrema pobreza, segundo o IBGE, duplicou nos últimos quatro anos, alcançando 570 mil pessoas. Nessa condição humana degradante, compartilhamos a lanterninha nacional com o Maranhão.

De 2015 a 2019, o governo Renan Filho conviveu com o fechamento de 120 mil postos de trabalho, tendo hoje saldo negativo, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Tem razão o sociólogo Davi Sales, que afirmou, em entrevista à Gazeta, ser preciso apontar o dedo para a pobreza e aplicar eficientemente os recursos públicos, avançando assim na escolarização e na inclusão de um exército de desalentados e de uma legião de jovens desempregados.

É preciso, por exemplo, dar destinação correta ao Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep) e apostar na agricultura familiar e nos pequenos negócios, que geram oportunidades rápidas.

Há ainda uma extensa lista de indicadores que posicionam a realidade alagoana de forma triste. E bem distante das lentes das câmeras que geram eufóricas postagens para o mundo virtual do governador.

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