Durante uma sessão ordinária na última quarta-feira (20), o deputado estadual Davi Davino divulgou dados do Instituto Nacional do Câncer, que mostram que a cada sete minutos um brasileiro é diagnosticado com câncer de próstata e, dentro de 40 minutos, um morre da enfermidade.
O parlamentar é autor da lei n° 8.106/2019, que prevê a realização da Semana Estadual da Saúde do Homem, entre os dias 7 e 13 de novembro. Em Alagoas, ela ainda não é praticada.
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Davino criticou o governo estadual, que ainda não desenvolveu a lei, durante o pronunciamento. Ele revelou que os projetos que incentivam os cuidados e auxiliem a população masculina a ter cuidados necessários e diagnósticos precoces não estão sendo colocados em prática.
"Estamos em pleno Novembro Azul, um mês dedicado à conscientização da saúde do homem. Até o momento, não tomamos conhecimento de nenhuma ação do Executivo para colocar em prática a Semana Estadual da Saúde do Homem", alertou.
Ele ainda aproveitou o momento para alertar sobre a desinformação em relação ao câncer e a falta de assistência. ?O preconceito, como muitos pensam, não é o maior problema. O que falta é um trabalho voltado para informar a população masculina sobre as características das enfermidades, o incentivo aos cuidados e a realização de exames para que sejam realizados os diagnósticos precoces. E esse é o objetivo da Semana Estadual da Saúde do Homem", atentou Davino.
Pioneirismo
O trabalho do médico alagoano Mário Ronalsa, através do programa Saúde do Homem do Campo, é pioneiro no estado e o único do tipo conhecido no mundo.
Durante a sessão, Davi Davino também anunciou resultados do projeto, que é realizado pela Sociedade Brasileira de Urologia, junto com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.
Dos 1.466 homens assistidos pelo programa entre 2015 e 2018, 93,4% nunca tinha se consultado ou recebido orientações de um especialista da área de urologia. O levantamento ainda identificou que 100% dos homens aceitaram fazer o exame de PSA e que apenas dois pacientes, num universo de 1.466 homens, se negaram a fazer o toque retal.
Com isso, os dados mostram que o paciente aceita tratar da saúde, no entanto o que falta é a assistência urológica nas três esferas do governo. "É importante ressaltar que esse programa, hoje realizado em todo o país, nasceu em Alagoas e foi realizado pela primeira vez em Chã Preta. Quero anunciar que vou destinar emenda para a Secretaria de Estado da Saúde para o Programa de Saúde do Homem do Campo. Espero que com isso, a partir de 2020, um número maior de homens possa realizar os exames urológicos em Alagoas", disse Davino.
* Com informações da assessoria de comunicação.