A agricultura familiar deve ser prejudicada por causa do atraso da compra e distribuição de sementes para o plantio no interior. A informação foi revelada, na Assembleia Legislativa, pelo deputado Davi Maia (DEM), que confirmou que mais de 30 mil famílias serão afetadas pela perda do prazo. A compra deveria ter sido feita com recursos do Fundo de Combate à Pobreza (Fecoep).
"Foi a primeira vez em 20 anos que os agricultores não receberam as sementes para o plantio. Desde 24 de abril estive alertando sobre a demora da distribuição. Quem vai pagar a conta é a população por conta importação de produtos fora do Estado", cobrou Davi.
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O mais grave, em sua avaliação, é que, com a perda do prazo, o governo deixou de cumprir o que determina a Lei n° 7.985, que passou a reconhecer o Programa de Distribuição de Sementes como programa de execução continuada.
Segundo o parlamentar, sobre os recursos destinados pelo Fecoep ele confirmou com o deputado Galba Novaes (MDB) que o Conselho do fundo tem aprovado o encaminhamento dos recursos. Mesmo presente em plenário, Novaes apenas confirmou a informação, mas sem se pronunciar sobre o tema.
A crítica de Davi acabou sendo aparteada pelo deputado Bruno Toledo (Pros), que cobrou um posicionamento oficial. Além disso, classificou como "sangria" o que tem sido feito com os recursos do Fecoep que estariam sendo deslocados para outras áreas alheias ao propósito real do fundo.
Maia acabou seu pronunciamento lembrando que, além do Programa de Sementes, tem havido descompasso de prazo e atrasos nos programas do Leite e de Cestas Nutricionais. Ele pediu apoio da bancada governista para que pressione o governo a assumir a responsabilidade por todos os problemas que afetam os programas. "Até parece outro governo", criticou Davi.
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