O senador Collor apresentou, nessa terça-feira (17), um projeto de lei que objetiva suspender os leilões de bens de agricultores endividados, garantir a renegociação dos financiamentos agrários e possibilitar a retomada da produção no campo. Em Alagoas, cerca de 80 mil agropecuaristas e produtores estão afundados em dívidas, assistindo os bens de toda uma vida – do sofá à propriedade -, serem vendidos por bancos para liquidar os pagamentos.
Em meio a maior seca dos últimos anos, a crise econômica e o quadro de pandemia, Collor busca uma solução para garantir que haja a suspensão dos leilões, possibilitando a renegociação das dívidas e a retomada da produção no campo. Ele já se reuniu com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e apresentou a solicitação. As demandas já estão também sendo analisadas pelo presidente Jair Bolsonaro.
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“Essa situação do leilão dos bens é um absurdo! O nosso projeto faz justiça e permite que milhares de produtores, em Alagoas e no Brasil, possam renegociar seus débitos e voltar à atividade produtiva, gerando ocupação e renda. Evitando, assim, que eles venham a perder suas propriedades”, expôs o senador ao falar sobre o projeto.
Pelo texto apresentado por Collor, “ficam autorizadas, até 30 de dezembro de 2022, a liquidação ou a repactuação, nas condições desta lei, de operações de crédito rural”. Ele pede, também, que fiquem autorizadas, até 30 de dezembro de 2022, a liquidação ou a repactuação de operações de crédito rural alongadas independente do valor contratado.
SITUAÇÃO PREOCUPANTE
O ruralista Francisco de Souza, o Chico da Capial, integrante do Movimento dos Agricultores Endividados do Nordeste, alertou que a situação dos produtores alagoanos é preocupante. Ele destaca que o senador Collor tem sido um grande parceiro para solucionar as demandas de agricultura, e, agora, não será diferente.
“Apresentamos ao senador o problema, e, já nesta semana, ele cobrou do governo federal uma solução. Estamos otimistas. O agricultor e pecuarista estão tendo do fogão à cama leiloados para pagar essas dívidas pelos bancos. Uma situação dramática. Vivemos a pior seca dos últimos anos, a crise econômica e a pandemia. Não há como pagar essas dívidas, e o quadro é grave”, narrou Chico da Capial.
