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Ambientalistas discutem riscos e aplicação aérea de herbicidas

No País, 14.549 pessoas foram atendidas por contaminação de agrotóxicos entre 2019 e março de 2022

A aplicação de agrotóxicos por via área e o uso destes produtos em plantações em Alagoas foram discutidos numa reunião na sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas (CREA), nesta quinta-feira (19). O encontro foi articulado pela presidente da entidade, engenheira Rosa Maria Barros Tenório, e contou com a presença do desembargador Tutmés Ayran, que preside a coordenadoria de Direitos Humanos do Tribunal de Justiça.

Nos últimos 4 anos, o Brasil bateu recorde de aprovações de pesticidas, com mais de 1.800 novos registros, metade deles já proibidos na Europa Segundo Tutmés, após ser provocado por ambientalistas e produtores rurais, ele buscou o apoio do órgão para acompanhar esse problema.

O desembargador chegou a sugerir a criação de um grupo de trabalho com a presença de especialistas e pesquisadores que possam acompanhar de perto os riscos de contaminação provocado pelo uso de herbicidas, em especial nas plantações de cana de açúcar.

"Temos um trabalho de acompanhamento da questão ambiental porque quando se fala disso estamos também falando de direitos humanos. Pelo menos dois: o direito humano ao meio ambiente equilibrado para deixar uma herança honrosa para as próximas gerações e o direito humano para a saúde", disse.

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Segundo dados apurados junto ao sistema de notificação do Ministério da Saúde, de 2019 a março de 2022, no país, 14.549 pessoas foram atendidas na rede pública de saúde com sintomas de contaminação de agrotóxicos. Destas, 439 foram a óbito.

Para o ambientalista e fundador do Instituto Terra Viva, Ricardo Ramalho, isso mostra o quanto é necessário que o Estado possa monitorar e ter uma política clara de como deve ser a utilização dos herbicidas. Ele conta que a motivação para o debate tem como ponto de partida um caso de contaminação de uma lavoura da agricultara familiar na cidade de Colônia Leopoldina. Ramalho é fundador do Instituto Terra Viva e acompanha a degradação ambiental em Alagoas há muitos anos.

Por isso, ele defende uma discussão ampla, que possa resultar em fiscalizações, análises e pesquisas que possam ajudar na preservação da natureza, da qualidade de vida e dos alimentos produzidos no campo. Esse foi o primeiro passo para que a discussão para que o tema possa avançar. Tanto que a presidente do Crea revelou que a entidade possui o Fórum Alagoano de Agronomia, que conta com um grupo de trabalho sobre políticas de aplicação de defensivos agrícolas.

"O que precisamos é colocá-lo para funcionar e avançarmos nestas discussões que são relevantes para toda a sociedade alagoana e que o Crea irá sim acompanhar de perto", afirmou Rosa.

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