Amigos, colegas de trabalho e familiares se despediram, nesta segunda-feira (13), do desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de Alagoas Orlando Manso. Ele morreu na madrugada de hoje, aos 78 anos, vítima de infecção generalizada. A cerimônia, que foi realizada no Campo Santo Parque das Flores, em Maceió, teve a presença também de diversas autoridades dos Poderes.
“Como homem público, o maior atributo: honrado, como todos sabem. Meu sentimento primeiro é de ir junto com o senhor. Tenho grande orgulho de ser seu filho”, disse, por meio de carta, o filho Henrique Manso. Mesmo presente no sepultamento, o filho, emocionado, pediu para que um representante a lesse.
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Para o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), desembargador Klever Rêgo Loureiro, Orlando Manso deixa um grande legado. “Vai o homem e fica a história”, resumiu Loureiro.
O presidente do TJAL lembrou ainda que Manso deixa um legado de decisões firmes, mas também a sua simplicidade como homem. Além disso, ele ressaltou que Manso foi importante para o aprendizado de membros do judiciário alagoano e, em especial, para o próprio presidente. “Todos que tiveram a oportunidade de conviver com ele aprenderam algo”, frisou.
Klever Rêgo também relatou momentos da amizade com o desembargador, quando ele ligava o “intimando” para algum restaurante, onde juntos conversavam. E completou: “Esta é uma tarde triste, até a natureza chora”, fazendo referência a chuva fina que caia na hora do sepultamento.
Amigo de Orlando Manso, o Chefe da Assessoria Militar do TJAL, Cel Goulart, lamentou com profunda tristeza o falecimento do desembargador. "Magistrado distinto e respeitado por todos os colegas, foi um grande profissional e ser humano. No decorrer de sua vida pública, trabalhou incansavelmente em prol da justiça", disse, ressaltando o legado deixado para os alagoanos.
Goulart transmitiu sua solidariedade à família, além de desejar força e fé para superar o momento difícil.
O diretor executivo da Organização Arnon de Mello (OAM), Luiz Amorim, esteve presente na solenidade de despedida. Ele destacou que, ao longo da trajetória no Judiciário, o magistrado sempre se destacou pela postura firme, empenho e intensidade no trabalho. “A partida dele representa uma grande perda para Alagoas, o Judiciário e seus familiares. Destaco a firmeza de caráter nas suas convicções porque ele não titubeava em colocá-las em prática, defendia com unhas e dentes aquilo que ele achava ideal nas suas decisões tomadas naturalmente à luz da lei”, destacou Amorim.
Amigo da família, o secretário de Habitação de Maceió, Eduardo Rossiter, lamentou a morte de Manso e enalteceu sua história. “Vai deixar saudades. Foi um grande homem, um grande desembargador, sempre na luta dos direitos dos mais oprimidos. Deixa aqui o seu legado e saudades aos filhos e amigos. Foi um grande lutador, na justiça enfrentou a tudo e a todos pelo direito igualitário daqueles que realmente mereciam”, lembrou.
Orlando Manso estava aposentado desde dezembro de 2012, quando completou 44 anos de magistratura em Alagoas. Ele já foi presidente do TJAL e do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
