Imagem
Menu lateral
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
Imagem
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > POLÍTICA

Agricultores criticam descaso de Renan Filho com polo tecnológico no Agreste

Sem recursos para manutenção e funcionamento, espaço que custou aproximadamente R$ 12 milhões, deixa de cumprir função social em benefício da região

O descaso para com projetos que deveriam beneficiar pequenos agricultores, em Alagoas, parece ser decisão do governador Renan Filho (MDB) na área da agricultura. Em Arapiraca, o Polo Tecnológico Agroalimentar é mais uma comprovação da falta de ação na área pelo gestor estadual. O espaço, que consumiu aproximadamente R$ 12 milhões de recursos públicos, federal e estadual, encontra-se praticamente abandonado e deixado de promover o "desenvolvimento econômico e social" da região, objetivo para o qual foi criado.

Nem mesmo a cessão do polo à Universidade Estadual de Alagoas, para a realização de pesquisas, resultou em avanços para a comunidade ou melhorias do espaço por falta de recursos. Localizado na Avenida Severino José da Silva, entre as localidades Laranjal e Piauí e distante 2 km de Vila Bananeiras, o polo conta com laboratórios para análise de solo, microbiologia e até uma miniusina para a produção de álcool a partir da mandioca, entre outros equipamentos, mas o espaço permanece sem aproveitamento.  Os danos no imóvel já são visíveis.

Leia também

Os agricultores familiares, que poderiam ser diretamente beneficiados pela ações, precisam se deslocar até Maceió e bancar os custos quando necessitam, por exemplo, de uma simples análise do solo. Há professores da Uneal que tentam desenvolver projetos de pesquisas, mas, igualmente, têm enfrentado a falta de recursos e investimentos necessários ao funcionamento do local.

"O polo realmente não tem cumprido sua função social, tendo vista que, desde que foi inaugurado, a tensão da energia não é suficiente, para que possam ligar vários equipamentos ao mesmo tempo. O local possui um laboratório de análise de solos, um de microbiologia que faz teste da quantidade de agrotóxicos nas plantas e isso poderá ajudar e muito os agricultores de nossa região, pois, hoje uma análise de solo custa em média R$ 60,00 e só é feita na central analítica em Maceió.  Isso inviabiliza ao agricultor fazer essas análises, tendo em vista que, para fazê-la, tem que levar a amostra à capital, o que torna o custo desse estudo mais caro", lamenta Antônio Paiva, presidente da Associação do sítio Piauí.

Ele lembra que, por meio de pesquisa de professores da Uneal, houve o desenvolvimento de um projeto de um sistema de irrigação automático através de energia solar ou eólica, mas a tecnologia sequer chegou a ser divulgada aos agricultores da região.

Por meio de nota, a  Uneal afirma que tem empreendido esforços, desde março, quando o orçamento da instituição foi liberado, para retomar as atividades do Polo Agroalimentar de Arapiraca, mas que, para viabilizar ações no local, precisa da contribuição de órgãos públicos e de entidades ligadas à área da pesquisa.

"A fim de viabilizar o projeto, a Uneal tem mantido o diálogo com diversas instituições, entre elas, a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti); Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura; a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas; Prefeitura de Arapiraca; Universidade Federal de Alagoas, Instituto Federal de Alagoas e entidades civis vinculadas à questão da agricultura familiar no Estado", pontua.

Ainda conforme a instituição, o grupo gestor do polo deverá retomar o diálogo com representantes dos agricultores familiares, na tentativa de reforçar a efetivação dos projetos de pesquisa e extensão.

"Devido ao alto custo de manutenção e funcionamento do Polo, ter o apoio e a contribuição dos órgãos públicas e demais entidades é essencial para viabilizar tal proposta.  Aproximar agricultores familiares e o conhecimento produzido no meio acadêmico são os principais objetivos desta gestão da Uneal. Até o momento, a Uneal não possui acesso a um orçamento exclusivo para o pleno funcionamento do Polo Agroalimentar", confirma.

Ao ser questionada sobre a questão, a Secti, pasta do governo Renan Filho responsável pelo polo, ficou sem respostas sobre qual valor no orçamento estadual teria para investir e reforçou, como tem acontecido no atual governo, o discurso de que "a meta dessa gestão é fortalecer esses ambientes, beneficiando o desenvolvimento de pesquisas científicas em Alagoas, incentivando alunos e professores e, consequentemente, em seguida, levando benefícios à comunidade".

Como ações, citou trabalhos de pesquisa desenvolvidos por duas professoras e alunos do curso de biologia da Uneal, que envolvem "avaliação do potencial de biorremediação da água da barragem da bananeira sob condições controladas, na tentativa de diminuir poluentes da barragem e beneficiar a comunidade Bananeira" e outras duas pesquisas que igualmente dependem de recursos e investimentos no local: análise microbiológica da água para o consumo humano de poços inseridos nos assentamentos de reforma agrária do estado de Alagoas e bioprospecção de bactérias produtoras de enzimas celulóticas e amilolíticos dos resíduos gerados nas casas de farinha do Agreste".


				
					Agricultores criticam descaso de Renan Filho com polo tecnológico no Agreste
FOTO: Gazetaweb

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na App Store

Tags

Relacionadas