O ministro dos Transportes, Renan Filho, apresentou à imprensa, nesta quarta-feira (18), em Brasília, o “Plano de 100 Dias”, contendo as ações prioritárias da pasta neste início de gestão. No planejamento, consta a entrega, até abril, das obras de revitalização da BR-101, que praticamente atravessa Alagoas. Foi feito o anúncio de ações emergenciais para desbloquear, em até 180 dias, trecho interditado na BR-101 e parcialmente interditado na BR-316.
Em visita oficial ao Estado, na semana passada, o ministro revelou que vai decretar situação de emergência no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para reconstruir trecho da BR-101, bastante prejudicado após sérios problemas de erosão.
Uma equipe nacional vinculada ao órgão já tinha sido contatada para dar o devido tratamento à situação verificada na rodovia, que, inclusive, encontra-se fechada há um ano em decorrência de um grande buraco, gerando transtornos a pedestres, ciclistas e condutores. O ministro informou que recebeu do presidente Lula a missão de recuperar a rodovia BR-101 no Nordeste, que se arrasta há cerca de duas décadas.
Sobre as situações emergenciais, em que há bloqueio de estradas, foi prometido que haverá um esforço da pasta para dar uma pronta-resposta, que seria a desobstrução e/ou abrir um fluxo alternativo para que não se tenha ponto de travamento, como é o caso das BRs-101 e 316, em Alagoas. Renan Filho ainda citou a liberação da BR-104, em São José da Laje, após um período longo travada.
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Ele informou que os objetivos das ações do quadrimestre é intensificar as obras em rodovias e ferrovias, retomar o desenvolvimento de transporte de cargas e investir na segurança viária. A meta é salvar 86 mil vidas até 2028.
A meta é destinar R$ 1,7 bilhão de orçamento próprio – taxada por Renan Filho como a maior execução financeira dos últimos cinco anos – para contemplar cinco eixos: I – revitalização, retomada e intensificação de obras rodoviárias e ferroviárias; II – prevenção de acidentes e redução de mortes em rodovias federais; III – medidas para escoamento da safra de grãos; IV – pronto atendimento para emergências em chuvas; e V – ações de fortalecimento para atração de investimento privado.
Os recursos seriam captados junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento e Social (BNDES) e ao Plano de Parceria e Investimentos (PPI). O ministro denunciou que a pasta teve uma redução drástica nos investimentos, o que acabou comprometendo a qualidade das rodovias do país. E citou pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), 66% da malhas DNIT ruim, péssima ou tem algum problema.
Além disso, ele revelou que mais de 96% tem contratos de manutenção, mas sem recursos. E mais de 100 obras estariam em ritmo lento
Uma das ideias do ministro dos Transportes é recuperar 13,9 mil quilômetros de rodovias classificadas como ruins e péssimas pela metodologia do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Outra prioridade, conforme destacou, seria salvar vidas. Renan Filho citou que o Brasil é o terceiro país com mais mortes no trânsito. Foram mais de 31 mil em 2021, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Para contornar estes números, ele apresentou meta do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito, que busca reduzir acidentes em 50% no Brasil.