
A promessa de um depósito judicial no valor de R$ 5.159,00 acabou em prejuízo para uma mulher, moradora do Tabuleiro do Martins, em Maceió, que acabou caindo em um golpe: a vítima, que possui um processo real da Justiça de pequenas causas, foi lesada em R$ 2.700,00 após seguir orientações de criminosos que se passaram por representantes da Defensoria Pública e do Tribunal de Justiça de Alagoas. Ela registrou um Boletim de Ocorrência nessa quarta-feira (9) e o caso está sob investigação do 5º Distrito Policial.

O contato inicial aconteceu às 15h03, dessa quarta-feira (9), através do WhatsApp, por um número de telefone. Um homem, se apresentando como defensor público, informou que ela havia vencido uma ação judicial e teria direito a receber um valor de R$ 5.159,00. Para isso, solicitou dados bancários e enviou um arquivo fraudulento com supostos "detalhes do processo".
Leia também

Minutos depois, às 15h45, um novo número com identificação falsa do "TJ", deu seguimento ao golpe. O criminoso pediu autorização para realizar uma ligação e afirmou que um "funcionário" orientaria os próximos passos.

Às 15h53, por chamada de vídeo com áudio e uma imagem estática do Superior Tribunal de Justiça (STJ), os golpistas intensificaram a farsa. Sem mostrar o rosto, o fraudador confirmou dados pessoais da vítima e questionou sobre outras contas bancárias (Nubank e Bradesco), saldos disponíveis e limite do cartão de crédito.

Em seguida, ele a orientou a compartilhar a tela do celular. Com acesso visual à conta bancária e às “caixinhas” do Nubank, ele viu exatamente quanto ela tinha disponível.
Em seguida, o criminoso convenceu a vítima a realizar um PIX de R$ 2.700,00 da conta Nubank para a própria conta na Caixa Econômica, como se fosse um procedimento temporário para liberar o valor do processo. Em seguida, o golpista enviou um código e a instruiu a fazer mais uma transferência – desta vez para a conta dos criminosos.
“Só depois percebi que o processo que ele citava está tramitando nas pequenas causas desde 2023, e não tem relação com o STJ. Eles usaram isso para me confundir”, conta a vítima, ainda abalada.
Logo após perceber o golpe, a vítima entrou em contato com o banco, registrou boletim de ocorrência e notificou a Caixa Econômica. O prazo de resposta da instituição é de 11 dias úteis.
Especialistas em segurança digital alertam que nenhum órgão do Judiciário entra em contato pelo WhatsApp para liberar valores de ações. Por isso, aconselham que não compartilhem a tela do celular com desconhecidos e sempre verifiquem diretamente com o fórum ou a vara responsável se há algum valor a receber.