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VÍDEO: Mãe de criança morta aponta delegado da DEIC como autor de tortura

Em depoimento prestado à Defensoria Pública, Darcinéia reconheceu o delegado por meio de foto: 'é ele sim', chorou a depoente

Em depoimento prestado à Defensoria Pública Estadual (DPE), no último dia 16, a mãe do pequeno Danilo Almeida, de 7 anos, morto no bairro do Clima Bom, acusou o delegado da Polícia Civil (PC) de Alagoas e coordenador da Divisão Especial de Investigações e Capturas (DEIC), Fábio Costa, de ter praticado as agressões contra ela, na noite de terça-feira (15) e madrugada de quarta-feira (16), durante outro depoimento na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Chã de Bebedouro. Em sua fala, Darcinéia Almeida reconheceu o delegado em uma imagem mostrada pelo defensor público que atua na defesa da família.

"Ele tinha bigode e barba. Ele era alto", disse ela em seu depoimento. Em certo momento do vídeo, a mesma aponta, no computador, a foto do delegado Fábio Costa. "Foi ele que estava me torturando, colocando o fio na energia e o outro segurando um negócio e apertando o botão, dizendo que eu ia levar um choque que jamais ia esquecer", contou Darcinéia, bastante emocionada.

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Além dele, a mulher reconheceu o delegado da Polícia Civil Bruno Emílio como um dos policiais que estavam no dia da suposta tortura. "Ele ficava dizendo: confesse, confesse que foi o seu marido. Ele já confessou o crime, agora falta você. E eu disse: moço, pelo amor de Deus, eu sou inocente; ele é inocente".

Segundo Darcinéia, outros dois homens, sendo um forte de cabelo branco, uma mulher loira de tatuagem e uma outra de óculos, de vestido longo, que se dizia psicóloga, também estiveram presentes na Delegacia de Homicídios. "Ela [psicóloga] ficou me massacrando. Disse que era crente lá fora, mas lá dentro não. 'Não fale em Deus, não. Você vai ver o que vai acontecer com você'", acrescentou a mãe do garoto.

Na semana passada, a mãe da criança disse à Rádio 98 FMque havia sido torturada e coagida a assumir a participação no crime, que, segundo a polícia, teria sido cometido pelo padrasto da criança. "Eu já pensei até em suicídio, eu não aguento mais".

Apesar das acusações, o delegado Fábio Costa assegurou que sempre prezou pela legitimidade e lisura em todos os atos investigativos, ressaltando que por ter consciência das suas atribuições é "certo que identificaremos e prenderemos o(s) autor(es) deste crime".

Confira a versão, na íntegra, do delegado
"Acerca da denúncia veiculada hoje a meu respeito nego por completo a prática de qualquer tipo de tortura física ou psicológica. A denúncia perpetrada pela genitora da vítima é descabida, notadamente porque não faz parte do modelo de conduta adotado por mim durante o exercício do mister policial. Sempre prezei pela legitimidade e lisura em todos os atos investigativos, de modo que preferimos manter o foco na investigação desse crime bárbaro cometido contra uma criança de apenas 07 (sete) anos, a ter que travar um embate desnecessário contra acusações indevidas. Estou certo que identificaremos e prenderemos o(s) autor(es) deste crime".

VERSÃO DA DEFENSORIA

Por meio de nota, a Defensoria Pública do Estado disse lamentar e condenar vazamento acerca do depoimento relatado pelo casal José Roberto Morais e Dacinéia Almeida - padrasto e mãe do garoto Danilo, de 7 anos, brutalmente assassinado no último dia 11, algo que foi coletado em sigilo absoluto e encaminhado a diversas autoridades em envelopes lacrados na última semana."Ao mesmo tempo em que, sobre o conteúdo das gravações dos depoimentos dos mesmos, não fará qualquer comentário, a fim de não atrapalhar a apuração das denúncias ali contidas por parte dos órgãos encarregados e, muito menos, fará juízo de valor diante dos depoimentos prestados pelo casal", diz um trecho da nota enviada à imprensa.

O órgão também informou que um ofício, contendo gravações dos depoimentos, foi encaminhando à Delegacia-Geral da Polícia Civil de Alagoas, Corregedoria da Polícia Civil, Conselho de Segurança, Promotoria do Controle Externo da Atividade Policial, Procurador-Geral de Justiça, Secretário de Segurança Pública, Presidente do Tribunal de Justiça e Governador do Estado

"À Delegacia-Geral,  a Defensoria Pública pediu que toda a equipe envolvida - delegados e investigadores - com o caso, até agora, fosse afastada, para não existir dúvidas quanta às investigações do brutal assassinato do garoto Danilo Almeida, e qualquer nova oitiva do casal somente se dê com a presença da DPE", conclui a nota.

NA COLETIVA...

Em coletiva de imprensa realizada pelos delegados Fábio Costa, Eduardo Mero e Thiago prado, na última quinta-feira (17), no Complexo de Delegacias Especializadas (Code), eles negaram as acusações de coação e agressão à família de Danilo por parte da equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Os mesmos delegados formaram a comissão de investigação do caso, a qual continuaria sendo liderada pelo delegado Bruno Emílio. 
"Estas acusações são falsas, não existem, não existiu. Não existe prática de torturas físicas ou psicológicas por parte da Delegacia de Homicídios", disse o delegado Eduardo Mero, coordenador da Delegacia de Homicídios, em defesa de sua equipe. 
"A gente não tem um laudo psiquiátrico, mas é nítido - para quem assiste a entrevista [da primeira denúncia] - que ela tem problemas psiquiátricos, inclusive, ela relatou que faz uso de medicações controladas. Você observa que ela tem problemas psiquiátricos. Há relatos, inclusive, de que estava falando sozinha e com animais", especulou o delegado Fábio Costa, acusado da agressão física. 
"Hoje, quando querem se defender de uma acusação dizem que foi torturado; isso virou moda", criticou Eduardo Mero aos jornalistas presentes. 
Por fim, os delegados afirmaram não aceitar as denúncias de agressão. "A gente não aceita essas acusações feitas pelo padrasto, sobretudo, acusações de que houve abuso por parte da Delegacia de Homicídios e daqueles que conduziam e continuarão conduzindo as investigações. Essas acusações podem estar sendo utilizadas como estratégia para afastar a equipe que está fazendo um excelente trabalho. Existe um sentimento de revolta por parte de toda a nossa equipe que tem se dedicado para elucidar esse crime", reforçou Eduardo Mero.
Imagem ilustrativa da imagem VÍDEO: Mãe de criança morta aponta delegado da DEIC como autor de tortura
| Foto: FOTO: Reprodução

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