Os cinco suspeitos detidos por se passarem por policiais militares e tentarem assaltar um prédio empresarial no Farol, nessa terça-feira (1°), têm histórico criminal. Eles são de Alagoas e foram presos após a ação frustrada. Um deles foi atingido de raspão após troca de tiros com a polícia.
“Todos têm passagens pela polícia por roubo, tráfico, organização criminosa e tentativa de homicídio. Eles são do estado e têm histórico criminal”, disse o delegado João Marcello.
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O delegado também informou que eles serão autuados por organização criminosa, tentativa de roubo qualificado, usurpação de função pública (já que se passaram por policiais) e uso de documentos falsos. Eles foram levados à Diretoria de Repressão e Combate ao Crime Organizado [Dracco] e, em seguida, à Central de Flagrantes, onde passam, nesta quarta-feira (2), por audiência de custódia.
A Polícia Civil investiga o caso e, ao que tudo indica, o grupo tentava roubar uma loja que vende ouro ao se passar por policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e pretendia simular o cumprimento de um mandado para facilitar a entrada no estabelecimento.
“Os acusados confessaram que realmente iam praticar uma ação criminosa. Estamos entrando em detalhes ainda; algumas diligências estão em curso. O importante é que estavam em contato com um faccionado do estado do Rio de Janeiro, que estava orientando toda a ação”, disse o delegado.
O assalto foi frustrado após equipes de segurança do estado receberem denúncias do crime. “Há cerca de dez dias, recebemos uma denúncia anônima de que um grupo teria encomendado uniformes similares aos da Polícia Militar e, com esses uniformes, estariam fortemente armados para praticar um ataque contra uma facção rival ou um grande assalto. Conseguimos identificar o carro que estavam utilizando. Então, a Secretaria de Segurança Pública (SSP), com os demais órgãos, começou a monitorar”, afirmou.
No momento da ação, um dos suspeitos conseguiu fugir, mas foi perseguido; ele chegou a tirar a farda, mas foi preso e todos foram conduzidos para a Dracco.
Além do suspeito atingido por tiro de raspão, o vigilante do prédio empresarial também ficou ferido, sendo socorrido ao Hospital Geral do Estado (HGE).
João Marcello disse ainda que a compra de fardamento utilizada pelos suspeitos será investigada. “A questão do fardamento realmente é grave. Lojas não podem vender fardamentos para pessoas que não sejam da segurança pública. As investigações vão continuar para identificar onde eles adquiriram esse fardamento”, informou o delegado da Polícia Civil.
Os suspeitos eram vinculados ao Comando Vermelho e seguiam ordens de outro faccionado do Rio de Janeiro, informou o delegado.