A equipe da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic) da Polícia Civil revelou, durante coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (14), que André da Silva Firmino, preso no bairro Chã da Jaqueira devido à suspeita de envolvimento na morte do professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Daniel Thiele, também tem participação em um plano para explodir muro do sistema prisional de Alagoas, a fim de resgatar criminosos. Ele foi apresentado à imprensa durante entrevista coletiva na sede da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP), no centro de Maceió.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, as diligências realizadas até o momento apontam que ele foi preso também no ano de 2009, suspeito de integrar uma quadrilha que planejava explodir o muro de um dos presídios da capital. O objetivo, segundo a polícia, seria resgatar presos que faziam parte do mesmo grupo criminoso, responsável por crimes em diversos bairros de Maceió.
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As investigações concluíram também que ele já respondeu por tráfico de drogas, formação de quadrilha, associação ao tráfico, sendo investigado, ainda, por homicídios registrados, nos últimos dias, no bairro Santa Lúcia, parte alta de Maceió - entre os crimes atribuídos ao acusado está o que vitimou um torcedor em dia do clássico entre CRB e CSA.
Na oportunidade, a secretária-adjunta da SSP, delegada Luci Mônica, revelou que, em depoimento, André da Silva apresentou versões conflitantes sobre o dia do crime que vitimou o professor. A polícia concluiu ainda que o jogo de rodas do veículo de Daniel Thiele - o que teria motivado o latrocínio -, seria vendido por R$ 600, com os suspeitos dividindo o valor entre si.
Ainda segundo a Deic, sete já foram presos por participação no crime - entre eles, pessoas que comprariam o jogo de rodas do carro da vítima. Agora, de acordo com a SSP, as atenções se voltam às buscas por Cristiano Nascimento Germano, vulgo "Copal" ou "Magro", ainda foragido.
A polícia quer saber de Cristiano o teor de sua conversa com o professor no dia do crime. O intuito é procurar saber o que ele disse para atraí-lo até o local do latrocínio. Conforme o depoimento de André da Silva, quando os suspeitos circulavam próximo ao Hospital Universitário (HU), estes avistaram o carro do professor e o emparelharam com um buzinaço.
Cristiano, conforme a versão de "Nego", já conhecia Daniel Thiele e, naquela oportunidade, perguntou-lhe para onde ele estava indo. Em resposta, o professor disse: "Para a Ufal". Foi quando ambos os condutores desceram dos carros e conversaram por alguns instantes, ocasião em que "Nego" percebera que Cristiano e o professor estariam a manter um relacionamento amoroso.
Os carros teriam deixado o campus da Ufal logo em seguida. Já nas proximidades de um posto de combustíveis próximo localizado à entrada da Forene, ambos pararam e Cristiano desceu, entrando no veículo Focus do professor.
Em Rio Largo, região metropolitana de Maceió, "Nego" afirma que parou no posto de combustíveis para almoçar. Na sequência, ainda segundo o preso, Thiago e Cristiano seguiram no carro do professor.
André também relatou ter voltado a encontrar Cristiano somente à noite, quando ambos levaram as rodas roubadas do carro do professor para José Alexandre, o "Sandro", a fim de que este as vendesse. André, por sua vez, afirmou que receberia R$ 200 pelo material.
Por fim, "Nego" afirmou não saber a quem Cristiano - que permanece foragido - teria entregue o celular do professor, ainda não encontrado pela polícia.
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