A Polícia Civil (PC) informou que o homem de 42 anos, preso nesta terça-feira (17) suspeito de ter perseguido e matado a adolescente Ana Beatriz, de 13 anos, no bairro da Levada, era servidor da Secretaria de Ressocialização (Seris) e filho de um policial militar da reserva.
A prisão foi feita pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A delegada Tacyane Ribeiro informou que o suspeito é guarda patrimonial terceirizado da Seris, mas estava afastado havia algum tempo, pelo INSS.
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Durante buscas em sua casa, a polícia apreendeu uma arma do pai dele, um militar da reserva. “Foi uma arma de calibre 380, o mesmo usado na morte da jovem. A arma pertence ao pai dele que é da reserva da PM. Diante da suspeita de que o autor usou a arma, ela foi apreendida para fazer o exame de comparação balística. Além da arma, um boné, uma calça jeans e uma sandália foram apreendidos por serem semelhantes ao que o criminoso usou”, revelou a delegada, em entrevista à TV Gazeta.
O suspeito foi preso no bairro Ponta Grossa, em cumprimento a um mandado de prisão expedido pelo Poder Judiciário. “Ele negou envolvimento no homicídio, mas há provas suficientes de que seja ele o autor. Além desse crime, ele está sendo investigado por cinco homicídios na região da Ponta Grossa, Vergel e Levada”, disse Tacyane.
A delegada comunicou, ainda, que o suspeito tem passagem pela polícia por injúria religiosa, e, contra ele, há boletins de ocorrência de crime de ameaça. “Ele diz que não conhecia a menina, mas, durante a investigação, descobrimos que, na perseguição, ele dizia ‘Eu queria a morena’, o que leva a crer que ele queria ter algum tipo de relacionamento com ela. Mas a gente ainda está investigando a motivação”, falou a delegada.
O crime
A jovem foi morta com um tiro na cabeça no bairro da Levada. Familiares de Ana Beatriz afirmaram à polícia que ela havia saído com a irmã de 10 anos e duas amigas para assistir a um jogo de futebol e, na volta para casa, foi seguida e morta por um homem que tentava manter um relacionamento com ela.
Ana Beatriz chegou a ser socorrida e levada ao Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos.
Imagens de câmeras de segurança forma divulgadas pela polícia e ajudaram na localização do suspeito, porque, através delas, foram feitas denúncias anônimas.