O presidente do Sindicado dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sidapen), Petronio Lima, divulgou nota, tornada pública neste domingo (11), em que critica a postura adotada pelo governo Renan Filho (MDB) em relação à categoria. Ele afirma ser necessário a realização de concurso público para a área, mas em número superior ao proposto pela gestão estadual.
"Estou indignado com os desmandos e falta de compromisso do Governo. Enquanto presidente da entidade representativa dos servidores do sistema prisional alagoano, reforço a convocação para que meus pares, agentes penitenciários continuem a se mobilizar dentro e fora do sistema prisional. Até mesmo nos horários de folga, para esclarecer o real motivo dos serviços dentro do sistema prisional estarem comprometidos", afirma.
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Na nota, ele assegura que, há pouco mais de dois meses, foi realizada audiência pública para debater os problemas do sistema prisional alagoano e apresentar soluções, ocasião em que teriam deixado claro a necessidade de realização de concurso público para agente penitenciário.
"Entendemos que o movimento do governo é complexo e disperso, mas também temos a consciência de que a categoria dos Agentes Penitenciários e a sociedade alagoana não podem continuar a ser prejudicados pela falta de interesse do mesmo em resolver esse problema, descumprindo inclusive uma decisão judicial que determina um concurso público em 550 vagas, não 200", reforça.
Para Petronio Lima, "o governo de Renan Filho está marcado por ataques aos direitos dos servidores públicos e quando os servidores somos nós, agentes penitenciários, os ataques são ainda mais severos. Não há mais espaço para negociação ou conversa que visem resolver o problema. Já perdemos a paciência e não vamos continuar colocando as nossas vidas em risco em nome de um Governo que não nos respeita e nem preza por nossa integridade".
Ele comenta também a atuação da Polícia Militar (PM), para realizar procedimento nos presídios, que segundo o sindicalista caberia à categoria. Para o presidente do Sindapen, o lugar da PM deve ser o trabalho ostensivo nas ruas à segurança das famílias e o desvio de função pode criar lacuna de instabilidade para a área.
"A policia militar compareceu para realizar o procedimento de visita com uma media de efetivo de 25 pessoas por unidade prisional, minha indignação foi reforçada e a vislumbro com ainda mais força a necessidade de continuarmos a luta! Este procedimento deveria estar sendo administrados por nós, se não fosse pela falta de contingente, porém ao contrário da estimada briosa, se fôssemos hoje organizar essa entrada de visitantes, teríamos em media um efetivo de 9 agentes por unidade", acrescenta.