
O síndico do condomínio onde um pai denunciou que o filho de 10 anos sofreu racismo disse, nesta quarta-feira (22), que vai ceder imagens do ocorrido à Polícia Civil, que já começou a investigar o caso.
O pai da criança, que tem 10 anos, denunciou que o filho sofreu injúria racial no dia 13 de maio, no condomínio onde moram, no conjunto Salvador Lyra, parte alta de Maceió.
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O analista ambiental Hildeberto Barbosa relatou que as responsáveis são duas mulheres, mãe e filha, que também residem no local. Ele registrou um Boletim de Ocorrência.
Na denúncia, o analista ambiental diz que tentou obter câmeras junto ao condomínio, mas não teve retorno.
O síndico Yuri Malta relatou que não podia ceder os conteúdos sem que eles houvessem sido solicitados pela polícia, o que ocorreu somente nesta quarta-feira, segundo ele.
"Me coloquei à disposição, orientando para ele fazer os registros. Qualquer informação que condomínio possa passar, só mediante determinação judicial, devido a lei de proteção de dados. [Ontem] não chegou intimação policial para mim. A polícia procurou somente hoje e prestei todos os esclarecimentos. Não cabia a mim mostrar as imagens por causa da lei de proteção de dados", explicou o síndico Yuri Malta.
De acordo com o pai da vítima, o filho estava brincando com outras crianças em uma área do condomínio, quando as duas mulheres se aproximaram, começaram a ameaçar as crianças e a falar insultos racistas, direcionados especialmente ao filho dele.
“Fui pego de surpresa com meu filho me informando que tinha passado por um constrangimento racial. Mediante a informação que ele relatou para mim, eu me dirigi até a portaria para colher mais informações, registrar no livro de ocorrência. Imediatamente solicitei um contato com o síndico para ver a possibilidade que ele tinha de nos ajudar a localizar essas pessoas que praticaram esse crime”, relatou o pai da criança.
Segundo Yuri Malta, as imagens serão cedidas à Polícia Civil e o condomínio irá colaborar com informações solicitadas na investigação.