Uma quadrilha foi desarticulada nesta segunda-feira (28), em Maceió, após um trabalho conjunto das Polícias Civil (PC) e Militar (PM) com o apoio da Federal (PF). Os presos são suspeitos da morte do sargento Givanildo, vítima de tentativa de assalto em Palmeira dos Índios. Dois deles revidaram à ação da polícia, foram atingidos por disparos e morreram no confronto.
De acordo com informações da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), a quadrilha atuava no Agreste e na Zona da Mata. Ao todo, três envolvidos na morte do sargento e em vários assaltos foram presos após cerco montado para desmanchar o bando. O comando da quadrilha ficava com Rodrigo Tenório, 18 anos, que tem várias passagens pela polícia. Um homem identificado como André Henrique Pereira, o "Foca", de 29 anos, e outro, Ítalo Bruno Moraes Costa Cavalcante, morreram durante a troca de tiros.
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A assessoria informou que um aparato foi montado para evitar que Rodrigo embarcasse para São Paulo. Ele foi interceptado no Aeroporto Zumbi dos Palmares, no início da noite de ontem, quando fazia check-in. A polícia manteve contato com os funcionários e repassou a informação para que ficassem atentos ao nome João Pedro, o que era usado por ele em documentação falsa.
Além de Rodrigo, foram presos e conduzidos à Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) o primo de Rodrigo, José Cícero Moraes Costa Cavalcante, conhecido como "Cicinho", ex-reeducando, e Moab Lino Balbino Júnior, 29 anos.
O grupo foi reconhecido por vítimas recentes, entre elas, empresários e um policial militar. Dois dos inúmeros assaltos aconteceram em Boca da Mata e Maribondo, o que renderam para os criminosos cerca de R$ 17 mil, sendo R$ 10 mil recuperados em espécie.
Assaltos
Em Boca da Mata, os suspeitos de assaltos teriam percebido que, na casa, só havia mulheres. Eles entraram e levaram televisor, joias, dinheiro, aparelhos celulares e a arma de um soldado que estava na casa da sogra. Com Moab, preso em casa, na Santa Lúcia, a polícia encontrou uma pistola e, com Rodrigo, outra. Ainda foram encontrados um revólver especial e uma pistola, uma camisa da farda da PM, talheres de prata, relógios, lanterna e farta munição. Ele, inclusive, havia cortado a tornozeleira eletrônica.
Para a polícia, Rodrigo Tenório confessou o crime, apontou os demais e relatou a causa. Segundo ele, Ítalo e José Cícero tiveram o pai assassinado enquanto menores e teriam crescido achando que o sargento possuía envolvimento.
A quadrilha usou nos assaltos um Corolla e um Honda Civic, ambos de cor branca. As vítimas e os presos foram ouvidos pelo delegado Felipe Caldas, da Seção de Roubo a Bancos (Serb), e sua equipe de escrivães. A investigação foi conduzida pelo Grupo Estadual de Combate a Organizações Criminosas (Gecoc) com o apoio da 2ª Seção da PM, policiais civis do GPJ-III e Delegacia Regional de São Miguel dos Campos, militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), 4ª Companhia Independente de Atalaia, 8º e 10º Batalhões e Polícia Federal.
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