
Acusado de incendiar o apartamento da ex-namorada e considerado foragido da Justiça, Marcello Gusmão de Aguiar Vitorio, que já responde a processo por ameaça e injúria contra outra mulher, motivo que teria contribuído para que a Justiça decretasse a prisão provisória dele. Durante entrevista, as delegadas Ana Luiza Nogueira, coordenadora das Delegacias Especializadas da Mulher (DEAMs), e Paula Mercês, delegada da Mulher, detalharam as provas que já coletaram contra o acusado.
Nesta manhã, equipes policiais estiveram em alguns endereços que constam nos boletins de ocorrência na tentativa de localizar Marcello, mas não obtiveram êxito. Segundo as delegadas, as buscas continuam e não existe negociação para que ele se entregue após a prisão provisória ter sido decretada.
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"Ele se encontra na condição de foragido e há um indicativo muito grande da violência psicológica praticada contra a ex-namorada. A própria vítima narra em boletins de ocorrência fatos característicos disso. É importante citar que, em crimes de violência doméstica, os próprios tribunais superiores dão valor considerável à palavra da vítima”, conta a delegada Ana Luiza.
A autoridade policial destaca, ainda, as imagens de câmeras de segurança que também foram anexadas ao inquérito policial e que dá um lastro maior a todas as denúncias. “Há imagens que mostram a entrada e saída dele do imóvel. Pela coincidência de horário, há um indicativo muito claro da participação dele no incêndio”, conta.
De acordo com Paula Mercês, o acusado, que convocou a imprensa para uma coletiva nessa quarta-feira, antes de ter a prisão decretada, ainda não foi ouvido a respeito do incêndio. Entre os depoimentos que foram coletados até o momento, estão o de vizinhos e funcionários do prédio onde ocorreu o crime.
“Estamos aguardando que ele seja preso para que possa ser ouvido”, conta a delegada.