O inquérito que investiga a morte do auditor fiscal João de Assis Pinto Neto, ocorrido no dia 26 de agosto, foi concluído nesta terça-feira (13) e será encaminhado à Justiça. A informação foi confirmada pela delegada Rosimeire Vieira, responsável pela investigação, que indiciou os suspeitos pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Cinco pessoas estão presas por participação no assassinato.
Quatro pessoas já haviam sido presas por envolvimento na morte do auditor fiscal: Maria Selma Gomes Meira e os irmãos João Marcos Gomes Araújo, Ronaldo Gomes de Araújo e Ricardo Gomes de Araújo. No dia 9 de setembro, um funcionário também foi preso.
Conforme a delegada, o funcionário fugiu durante as oitivas, mas foi localizado e preso. Ele prestou depoimento e negou participação no homicídio.
“No momento em que eles deixam o depósito, esse indivíduo aparece na condição de passageiro, com um dos irmãos, para desovar o corpo da vítima na parte alta. Até então, as informações que a polícia tinha era de que se tratava de um funcionário, mas não existia nenhuma ficha cadastral, endereço, embora ele prestasse serviço há um bom tempo. Mas, após a investigação, ele foi localizado, preso e contou detalhes do que teria se passado dentro do estabelecimento. Ele negou participação no homicídio, disse que teve participação apenas na ocultação do corpo”, explicou.
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Durante o depoimento, o funcionário disse que ouviu a discussão entre os irmãos e o auditor fiscal.
“Ele disse que estava na porta quando ouviu a confusão iniciada pelo Ronaldo e a vítima. Quando entrou, Ricardo e Ronaldo estavam em luta corporal com o auditor. Outras testemunhas que ali estiveram, deixam claro que ele conhece minúcias do crime, que ele estava junto e que participou de alguma forma. Ele nega participação no assassinato, mas não é o que demonstra os outros elementos”.
Segundo a delegada, as imagens de câmeras de segurança e depoimento de testemunhas, todos estavam na cena do crime e tiveram participação no homicídio e posterior ocultação do corpo.
“O que se pode observar nas imagens externas do depósito é que a vítima fez fotos das mercadorias, até o momento que ele entrou no anexo que também funcionava como loja de material de construção. Diante do que se concluiu, talvez, temerosos que algo fosse descoberto, eles decidiram dar cabo da vida dessa pessoa. Embora não exista premeditação, à medida que um deles toma a iniciativa da discussão com a vítima e de matar, a família, cada um a seu modo, contribuiu de alguma forma”.