As equipes policiais que investigam o caso da morte do líder comunitário Ronaldo Correia de Lima, executado na tarde de ontem dentro de uma casa no Benedito Bentes, já identificaram os três suspeitos de participarem da ação criminosa e eles podem ser presos a qualquer momento.
De acordo com o delegado José Carlos, um dos suspeitos da execução é o jovem conhecido como Jackson Robson Brito da Costa, conhecido como Rato. Os outros dois tiveram apenas os apelidos descobertos pela polícia. Um deles seria conhecido como Gago.
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"Já identificamos os três suspeitos e estamos trabalhando com duas linhas de investigações. Uma delas aponta que o crime teria sido motivado por uma queixa feita pelo líder comunitários aos suspeitos após a morte de uma pessoa ocorrida no último domingo. A outra possibilidade é que a vítima tenha provocado os suspeitos após adotar algumas atitudes prejudiciais aos traficantes da região", afirma o delegado.
Segundo ele, as investigações, que estão a cargo da Força Nacional, estão avançadas e a qualquer momento as prisões dos suspeitos podem ser solicitadas. "Existe material probatório suficiente para pedir a prisão deles", pontuou.
O crime que vitimou o líder comunitário Ronaldo Correia de Lima ocorreu na tarde dessa terça-feira (16). Ele foi executado quando estava dentro de casa. Hoje, a irmã dele afirmou que Ronaldo não tinha inimigos.
Sepultamento
O corpo de Ronaldo Correia foi sepultado, sob forte comoção, na tarde desta quarta-feira, no Cemitério de São José, no bairro do Prado, em Maceió. Entre as centenas de pessoas presentes também estavam muitas crianças que recebiam orientação de Ronaldo por meio de um projeto social que retirava das ruas os denominados "aviõezinhos", adolescentes que servem ao tráfico de drogas.
Uma das crianças presentes, inclusive, chegou a desmaiar durante a cerimônia fúnebre. O mesmo ocorreu à esposa da vítima, que teve um mal súbito no momento em que o caixão foi colocado numa das gavetas do cemitério.
Um parente de Ronaldo, que pediu à reportagem do Gazetaweb para não ser identificado, confirmou que o líder comunitário vinha se empenhando para impedir que o tráfico de drogas imperasse na região na qual trabalhava.