As circunstâncias que provocaram as mortes do ex-baterista da banda Cannibal Eduardo Henrique Athayde e da advogada Dayana Maria Monteiro, encontrados em uma residência no bairro do Farol, em Maceió, começam a ser investigadas a partir desta quarta-feira (19), pela delegada Simone Marques, da Delegacia de Homicídios.
Os levantamentos iniciais, feitos no local do fato, pela equipe do delegado Antônio Henrique, levam a crer que se trata de um homicídio seguido de suicídio. A possibilidade mais evidente, até agora, é que Dudu Athayde, como era conhecido, matou a mulher com um tiro na testa e, em seguida, disparou contra a própria cabeça.
Leia também
Os corpos deles foram necropsiados pelo Instituto Médico Legal (IML) e já foram liberados para sepultamento, conforme informou a assessoria de comunicação da Perícia Oficial do Estado de Alagoas. O laudo que deve apontar a causa das mortes deve ser liberado pelo órgão em até 10 dias.
A delegada Simone Marques deve receber nesta quarta-feira o relatório produzido pelo delegado Antônio Henrique sobre a cena do crime e contendo os primeiros levantamentos do caso. A partir de agora, o caso passa a ser investigado em um inquérito policial. Testemunhas devem ser convocadas para prestar depoimento e ajudar na elucidação.
Pessoas ligadas ao ex-baterista informavam que ele sofria de depressão profunda e fazia uso de remédios controlados. Esta informação também foi passada pelo delegado que esteve na residência onde as vítimas foram encontradas mortas.
Os corpos estavam deitados um ao lado do outro numa cama, e a arma - uma pistola 765 - foi encontrada na mão direita de Dudu, que apresentava marca de tiro na têmpora direita. Já Dayana estava abraçada ao corpo do músico e tinha marca de tiro na testa. Os dois estavam vestidos. No local, havia comida e bebida alcoólica.
O delegado Antônio Henrique informou que Dayana é natural do Ceará, tinha chegado a Alagoas havia poucos dias e estava com a chave do apartamento de uma colega, também natural do Ceará. Ela atuava como advogada e tinha grande influência por lá. Dudu Athayde tocou na banda Cannibal durante oito anos e chegou a acompanhar os cantores Djavan e Guilherme Arantes em shows.
No local, a polícia encontrou também o comprovante da compra de um sushi em uma loja aqui na cidade, feita na madrugada de segunda-feira. Para o delegado, isso pode ajudar a precisar quando ocorreu o crime.