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PC retira acusação contra irmãos e indicia serial killer em mais dois assassinatos na parte alta de Maceió

Marcelo Lopes dos Santos e José Cícero Bernardo da Silva foram mortos a tiros em 2019


			
				PC retira acusação contra irmãos e indicia serial killer em mais dois assassinatos na parte alta de Maceió
Albino Santos de Lima está preso desde setembro do ano passado. Reprodução

A Polícia Civil de Alagoas retirou acusações contra dois irmãos em mais dois assassinatos que teriam sido executados, na verdade, pelo serial killer Albino Lima. Na segunda-feira (24) a terça-feira (25), as autoridades policiais que investigam as 18 mortes atribuídas ao assassino em série o indiciaram pelos homicídios de Marcelo Lopes dos Santos e José Cícero Bernardo da Silva, ambos alvejados no final de 2019, no bairro da Chã da Jaqueira.

Marcelo Lopes, com 29 anos à época, foi assassinado no dia 29 de novembro de 2019, por volta das 13h, no Conjunto Jardim Petrópolis 1. Ele foi baleado na cabeça e no tórax, sendo morto à luz do dia. Cerca de uma semana depois, na Chã da Jaqueira, José Cícero, que tinha 51 anos, foi baleado às 18h30, no dia 8 de dezembro. Ele ainda foi socorrido por parentes para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

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O primeiro inquérito policial da morte de Marcelo Lopes foi finalizado no dia 10 de março de 2022, e o de José Cícero, no dia 24 de janeiro de 2024. Ambos apontavam como responsáveis três irmãos — um deles já morto —, que eram também suspeitos de envolvimento com o tráfico na região. Os indícios à época eram de que as mortes tinham relação com o tráfico.

Reviravolta

A reviravolta do caso começou com a morte da adolescente de 13 anos, Anna Beatriz, que foi assassinada no dia 26 de agosto de 2024. A investigação desse caso trouxe à luz novos elementos que possibilitaram a elucidação dos homicídios de Marcelo, Cícero, mais cinco vítimas que moravam na parte alta de Maceió entre 2019 e 2020; e ainda foi possível elucidar dez crimes ocorridos na orla lagunar nos anos de 2023 e 2024.

Após a morte de Beatriz, foi divulgada na imprensa a imagem do autor do crime em ação. Após a divulgação, os investigadores receberam denúncias anônimas de pessoas que reconheceram Albino dos Santos Lima.

No dia 17 de setembro de 2024, foi realizada uma operação pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHPP), que executou busca e apreensão na casa de Albino. Na ocasião da busca domiciliar, os investigadores encontraram no interior da sua residência diversos materiais: uma arma de fogo tipo pistola calibre 380, munições de arma de fogo, calça jeans, boné de cor preta, algumas luvas de cor preta, sandálias de cor preta, algumas máscaras de cor preta, bem como o aparelho celular dele.

O celular foi periciado. No aparelho, foram encontradas contas de usuário e uma lista de contatos. Segundo a investigação, foi possível constatar que ele usava os serviços do Google Drive e do OneDrive para armazenar arquivos em nuvem.

Foram encontrados arquivos referentes a oito homicídios praticados nos anos de 2019, 2020 e dez crimes de 2023 e 2024. Ainda na nuvem foram encontrados prints de calendário onde ele assinalava as datas dos assassinatos de cada vítima, além de fotografias e reportagens sobre cada um dos homicídios. Para a polícia, ele exibia os crimes como se fossem troféus colecionados.

Os oito homicídios ocorridos em 2019 e 2020, na parte alta de Maceió, já estavam com inquéritos concluídos com o indiciamento dos irmãos. Eles precisaram ser reabertos com as novas descobertas. As vítimas são:

  1. Genilda Maria da Conceição
  2. Alisson Santos Silva
  3. Marcelo Lopes dos Santos
  4. José Cícero Bernardo da Silva
  5. Maria Vânia da Silva Nunes
  6. João Santos Mateus
  7. Antônio de Oliveira Melo Neto
  8. Maria Claudiana da Silva

Albino foi interrogado três vezes pelas autoridades policiais. Na primeira ocasião, em 17 de setembro, quando foi preso, negou envolvimento em todos os crimes que lhe estavam sendo atribuídos. Em 13 de novembro do mesmo ano, ele resolveu confessar oito dos dez homicídios ocorridos nos anos de 2023 e 2024. Em 18 de fevereiro deste ano, Albino foi novamente interrogado e confessou ter praticado oito homicídios nos anos de 2019 e 2020.

Abaixo, os nomes das vítimas entre 2023 e 2024:

  1. Mikaele Leite da Silva
  2. Louise Gbyson Vieira de Melo
  3. Beatriz Henrique da Silva
  4. John Lenno Santos Ferreira
  5. Débora Vitória Silva dos Santos
  6. Joseildo Siqueira Silva Filho
  7. Tamara Vanessa da Silva Santos
  8. Emerson Wagner da Silva
  9. Ana Clara Santos Lima
  10. Anna Beatriz Santos Tavares

“Lamentavelmente, tal decisão pelo indiciamento dos mencionados indivíduos [irmãos] foi equivocada, de modo que urge corrigir tal situação, com vistas a responsabilizar o verdadeiro autor do fato delituoso em comento”, pontuou a Polícia Civil nos novos indiciamentos.

Os indícios que apontam Albino Lima são:

  • Arquivos encontrados pela Polícia Científica em seu aparelho celular (nuvem);
  • Exames de confronto balístico, comprovando que pelo menos sete homicídios ocorridos nos anos de 2019 e 2020 foram perpetrados por um mesmo revólver calibre 38;
  • Reconhecimento de Albino por parte dos próprios familiares, na filmagem do homicídio de Alisson Santos Silva.

Confissão dele, realizada na presença do advogado.

Em relação a Marcelo, ele confessou ter praticado o homicídio, alegando que a vítima seria de uma facção criminosa. Disse que já sabia que a vítima iria passar pela casa dele no dia do crime e passou a segui-lo. Mais à frente, alvejou Marcelo com vários disparos de arma de fogo. Logo após, fugiu do local a pé.

No entanto, as investigações não identificaram qualquer antecedente criminal ou envolvimento da vítima com crimes.

Em relação a José Cícero, ele confessou ter praticado o homicídio, alegando que a motivação seria porque a vítima tinha “conluio de facção”. Disse ainda que considerava a vítima uma ameaça. Logo após o crime, ele fugiu a pé. As investigações também não identificaram qualquer antecedente criminal ou envolvimento da vítima com crime.

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