A Polícia Civil de Alagoas instaurou seis novos inquéritos, nessa quinta-feira (27), para apurar a participação de seis pessoas suspeitas de divulgar jogos de azar online ilegais nas redes sociais. Os investigados são da cidade de Penedo, no Baixo São Francisco Alagoano, e possuem entre 7 mil e 100 mil seguidores.
A investigação está sendo conduzida pelo delegado Rômulo Andrade, da 7ª Delegacia Regional de Penedo, que afirmou que os suspeitos já vinham sendo monitorados antes da abertura dos inquéritos.
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"Diante do grau de nocividade que esses jogos online representam para a nossa sociedade, destruindo famílias, vidas e patrimônio, determinei uma grande ofensiva aqui na delegacia contra os divulgadores dessas plataformas, sejam influencers ou não. Apenas hoje, instauramos seis procedimentos para apurar as responsabilidades dessas pessoas, especialmente através do Instagram", afirmou o delegado.
Investigações anteriores e bloqueio de bens
Essa não é a primeira ação da Polícia Civil contra divulgadores de jogos ilegais em Alagoas. Em janeiro de 2025, a Justiça determinou o bloqueio de bens de 12 pessoas, entre elas influenciadores alagoanos investigados na Operação Game Over 2. O bloqueio somou mais de R$ 15 milhões em valores supostamente oriundos da divulgação dessas plataformas ilegais.
Entre os nomes citados na investigação estavam os influenciadores Rico Melquiades, Babal Guimarães e Felipe de Souza Martins, que lideram os volumes financeiros bloqueados pela Justiça.
A Polícia Civil suspeita que os influenciadores eram contratados para divulgar os jogos ilegais, compartilhando links de acesso e promovendo vídeos nas redes sociais. Nessas postagens, eles simulavam apostas e ganhos expressivos, utilizando contas de demonstração, para convencer seguidores a entrarem nos jogos e apostarem dinheiro real.
O esquema do "Jogo do Tigrinho"
Em junho de 2024, os influenciadores Paulinha Ferreira e Ygor Ferreira foram alvos da primeira fase da Operação Game Over, que investigou criadores de conteúdo envolvidos com o 'Jogo do Tigrinho'.
De acordo com as autoridades, os influenciadores simulavam ganhos fáceis e rápidos utilizando contas de demonstração, incentivando seguidores a participarem das apostas sem saberem que se tratava de um esquema enganoso.
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