A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) está realizando diligências para localizar os suspeitos e já começou a ouvir testemunhas sobre o sequestro de um homem de 59 anos. O crime ocorreu em Igreja Nova, no interior de Alagoas. A vítima foi resgatada nesta sexta-feira (6) durante uma operação conjunta entre as polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal no estado de Sergipe, e passa bem.
“Estamos ouvindo mais pessoas, bem como realizando diligências para identificar os autores e recuperar a quantia subtraída", afirmou o delegado João Marcelo, que coordena a ação na Seção Antissequestro da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco).
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A vítima é agricultor, vende gado e também possui um minimercado em Igreja Nova. Recentemente, ele publicou um vídeo onde aparece com uma bandeja cheia de dinheiro - no valor de R$ 100 mil -, desafiando um homem, a quem ele chama de Orlandinho, para uma aposta.
O delegado deu mais detalhes sobre o sequestro, informando que os suspeitos se passaram por policiais civis.
“Os autores do sequestro se passaram por policiais civis, entraram na casa da vítima e, o tempo todo, perguntaram sobre uma quantia de dinheiro que a vítima havia exposto dias antes nas redes sociais ao participar de uma aposta. Eles pegaram parte desse dinheiro, colocaram a vítima no carro e disseram à família dela que a levariam para uma delegacia da região. No entanto, atravessaram a divisa do estado, foram para Sergipe e liberaram a vítima em Capela (SE). As equipes policiais resgataram a vítima, a trouxeram de volta para Alagoas e a ouviram”, explicou.
Segundo o agricultor, um dos bandidos usava uma touca popularmente chamada de "ninja", e o outro não estava com o rosto descoberto, mas ele não o reconheceu.
A polícia suspeita que os criminosos sejam sergipanos. O carro usado no crime já foi identificado, e as forças de segurança dos dois estados continuam em busca dos sequestradores.
DINHEIRO NÃO FOI LEVADO
O valor de R$ 100 mil exibido no vídeo pela vítima não foi roubado, pois já havia sido depositado. No entanto, a vítima informou que perdeu uma quantia estimada em mais de R$ 60 mil. Segundo o agricultor, esse valor corresponde às atividades econômicas que ele exerce.