O Conselho Tutelar da região do Farol, em Maceió, está acompanhando o caso de uma garota de 8 anos que, comprovadamente, estava sendo vítima de abuso sexual dentro de casa havia um tempo. O suspeito de cometer o crime é o padrasto da menina, que tem 30 anos e aproveitava a esposa e mãe da vítima ter problemas mentais para praticar a violência. A família mora no bairro do Pinheiro. Exame de conjunção carnal, feito no Instituto Médico Legal (IML), comprovou várias fissuras e dilatação anal na menina.
O caso chegou ao conhecimento do conselho pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) depois que a criança fez comentários sobre o provável abuso no ambiente escolar. Professores e a diretora do colégio onde ela estuda confirmaram que ouviram expressões acerca da prática sexual. A garota dizia que o 'pai', que, na verdade é o padrasto, fazia 'coisas' com ela e que doía bastante.
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O conselheiro Paulo Jorge dos Santos disse que conversou com os professores, com a criança e com a mãe dela. O suspeito convive com a vítima há, pelo menos, seis anos, desde que se casou. O relato da ocorrência foi feito na Delegacia dos Crimes contra a Criança e o Adolescente, a quem caberá fazer a investigação.
A criança fez exame no IML e ainda passará por avaliação ginecológica na Maternidade Escola Santa Mônica. Segundo o conselheiro, a conjunção carnal já confirmou o abuso sexual. A genitália da garota apresentava fissuras e o ânus tinha bastante dilatação, de acordo com o procedimento feito.
A vítima está na casa da tia, por enquanto. O Conselho Tutelar acredita que a mãe tinha conhecimento do fato e tentava escondê-lo, temendo ameaças feitas pelo marido. "A criança disse que pedia para o padrasto parar os atos porque sentia dor, mas ele dizia que iria batê-la se não fizesse", relata Paulo Jorge dos Santos. Segundo ele, os abusos foram cometidos várias vezes.
Ainda não se sabe o paradeiro do suspeito.