Na Operação Deepfake, deflagrada nesta sexta-feira (19), a polícia cumpriu mandados de busca em residências localizadas em Maceió e em Marechal Deodoro, parte delas em áreas nobres. Pelo menos sete menores - estudantes de escolas privadas - são investigados por manipulação de imagens pornográficas. O grupo teria feito mais de 20 vítimas.
A ação apura a alteração de imagens com a sobreposição do rosto de adolescentes pelo uso de Inteligência Artificial (IA). Já foram apreendidos celulares, tablets e notebooks.
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A operação foi comandada pelo diretor do DPJ1 (Diretoria de Polícia Judiciária 1), delegado Daniel Mayer, e o delegado Sidney Tenório, titular da Delegacia de Crimes Cibernéticos.
“São sete alvos, sendo dois em Marechal e cinco em Maceió. O objetivo da operação é aprofundar investigações que envolvem imagens pornográficas forjadas de adolescentes, todas elas inocentes, que nunca tiraram essas fotos. Tiveram a Inteligência Artificial utilizada para criar imagens verossímeis, imagens que parecem verdadeiras, que não conseguem distinguir, a olho nu, nenhuma falha nessas imagens, que foram divulgadas em massa nas redes sociais, chegando até a Polícia Civil”, informou Mayer.
Os investigados irão responder por ato infracional de difamação, associação criminosa e divulgação de imagens com cunho pornográfico.