O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) desencadeou, nesta terça-feira (19), uma operação e prendeu seis pessoas suspeitas de envolvimento em crimes de fraudes societárias, fiscais, além de criação de avatares em suas relações com o poder público. Durante a manhã, também foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão contra empresas e pessoas físicas que estariam envolvidas no esquema.
Dois homens que estavam foragidos foram presos na estrada de Pilar e foram levados para as devidas oitivas do Grupo de Atuação Especial no Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf).
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Segundo o órgão ministerial, as fraudes foram cometidas com a criação de pessoas fictícias, contratos forjados e teriam causado prejuízos ao erário alagoano, os quais serão apurados pela equipe técnica da da Secretaria da Fazenda de Alagoas (Sefaz-AL).
Os alvos da operação, batizada de Parasita, estão nas cidades de Maceió e Recife, onde os mandados estão sendo cumpridos pelo Gaesf, vinculado ao Ministério Público.
Os cumprimentos de mandados foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital.
O órgão ministerial pediu ainda que as contas-correntes, bens e imóveis das pessoas físicas e jurídicas envolvidas no esquema criminoso sejam bloqueados.
A operação surge como sequência das operações “Beco Diagonal” e “Evanesco” e, de acordo com o Ministério Público, já há constatação de alguns dos investigados atuando concomitantemente. O nome escolhido foi em referência à ligação das empresas à organização criminosa que vem atuando ilegalmente à sombra do Estado, de acordo com o órgão investigador.
Os presos serão encaminhados, inicialmente, para a sede da Escola Fazendária. Eles serão ouvidos em audiência de custódia pelo Gaesf e pela 17ª Vara Criminal. O material apreendido, dentre computadores e aparelhos celulares, também será levado para a delegacia de polícia do Gaesf.
Operação Beco Diagonal e Operação Evanesco
Em dezembro de 2022, a “Operação Beco Diagonal” cumpriu 21 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 17ª Vara Criminal de Maceió, contra empresas e pessoas físicas integrantes de uma organização criminosa (ORCRIM) que, de forma fraudulenta, movimentou mais de R$ 44 milhões. Os alvos se encontravam em Flexeiras, Maceió, Marechal Deodoro e Palmeira dos Índios.
Já no mês de abril de 2023, o Ministério Público, também por meio do Gaesf, desencadeou a “Operação Evanesco” em Maceió, Pilar, São José da Laje e Taquarana. Naquele mês, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, também expedidos pela 17ª Vara Criminal, sendo oito em desfavor de pessoas físicas e dois tendo como alvos pessoas jurídicas. Os suspeitos atuavam no segmento de alimentos e estariam praticando sonegação fiscal, lavagem de bens e falsidades, cujos prejuízos chegaram a R$ 35 milhões para os cofres públicos do Estado.
Além do Gaesf de Alagoas e Pernambuco, participam da operação desta terça-feira (19) a Secretaria da Fazenda do Estado de Alagoas (Sefaz), a Procuradoria-Geral do Estado de Alagoas (PGE/AL), a Controladoria Geral do Estado (CGE), as Secretarias Estaduais de Segurança Pública (SSP/AL) e de Ressocialização e Inclusão Social (Seris/AL), as Polícias Civis de Alagoas e Pernambuco e as Polícias Militar e Penal de Alagoas.
*Com assessoria