
O laudo da Polícia Científica de Alagoas confirmou que a mulher trans de 20 anos, identificada como Marcela Valentina, morreu em decorrência de um traumatismo cranioencefálico (TCE). O resultado do exame de necropsia foi divulgado nesta segunda-feira (7) pelo Instituto Médico Legal (IML).
De acordo com o perito médico-legista Allan Zaidan, os ferimentos foram causados por um instrumento contundente. Durante a perícia, foram coletadas amostras de material biológico do ânus e da boca da vítima para exames complementares, além do recolhimento de próteses ungueais (unhas postiças) para análise.
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Natural de Tocantins e moradora do bairro Salgado, em Caruaru (PE), Marcela trabalhava como maquiadora. O corpo dela foi encontrado na manhã da última sexta-feira (4), enrolado em uma lona e abandonado na calçada de uma escola estadual, no bairro da Jatiúca, em Maceió.
Segundo o perito criminal José Veras, que esteve no local, o corpo apresentava sinais evidentes de violência. A suspeita inicial de espancamento, feita ainda durante a perícia no local, foi confirmada pelo laudo do IML. A forma como o corpo foi deixado indica que o crime envolveu um processo de desova.
“Durante a perícia foram analisados vários vestígios, como marcas de pneu encontradas num suporte de madeira ao lado do corpo da vítima, que podem ser fundamentais para o andamento das investigações”, explicou o perito criminal.
A mãe de Marcela autorizou a liberação do corpo no último sábado (6), após a conclusão do exame de necropsia. Os laudos foram encaminhados à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que segue investigando para identificar o autor do crime.
*Com assessoria