O delegado Thiago Prado, responsável pela investigação da morte da trans Joyce Kelly, ocorrida no dia 10 de março, no bairro do Santos Dumont, disse que a polícia trabalha com duas linhas de investigação: envolvimento com drogas - já que a vítima era viciada em crack - e o crime de homofobia.
A vítima foi encontrada morta em um galpão de entulhos, com sinais de espancamento. Esse é o quarto crime cometido contra pessoas LGBTQIAP+ este ano, em Alagoas.
Segundo Prado, a vítima trabalhava realizando programas para sustentar o vício. No dia do crime, conforme relatou o delegado, imagens de seguranças mostram a trans acompanhada do suspeito, indo ao local do homicídio, próximo à favela da federal, onde seria realizado o ato sexual, além do consumo de drogas.
“Estamos trabalhando com duas linhas de investigação: o envolvimento dela com drogas e outro lado, que não se descarta, que é o homicídio em decorrência da homofobia”, revelou o delegado.
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A polícia já ouviu mais de 10 pessoas, dentre elas, familiares e testemunhas. Uma pessoa foi identificada como sendo o autor do crime. O nome dele não foi divulgado para não atrapalhar as investigações; nem mesmo a proximidade do suspeito com a vítima foi revelada pelo delegado.
“Temos um suspeito e trabalhamos nessa etapa final para ter o conteúdo necessário para o Poder Judiciário emitir o pedido de prisão preventiva. É isso que a gente vem fazendo nos últimos dias para buscar justiça para esse caso. Nosso objetivo não é apenas apontar (o suspeito), mas sim, a prisão desse criminoso. Vamos seguir nesse passo com o maior sigilo possível”, reforçou Thiago Prado.
Nos próximos dias, a polícia espera chegar até o criminoso, que deve responder pelo crime de homicídio qualificado, por motivo torpe e outras qualificadoras. “Nossa expectativa é que ele cumpra a pena encarcerado", finalizou Prado.