
O delegado Fernando Lustosa, que investiga a morte do recém-nascido Heitor da Silva Santos, ocorrida no município de Chã Preta, na sexta-feira (12), disse à Gazetaweb que aguarda o auto de prisão em flagrante e o laudo cadavérico realizado no bebê para iniciar as oitivas com familiares e vizinhos da vítima.
"Estamos aguardando o auto de prisão em flagrante na Delegacia de Chã Preta e, também, o laudo de exame cadavérico da criança, que vai ser confeccionado após exames complementares. Entrei em contato também com o Conselho Tutelar, e eles estão encaminhando o relatório de atendimento do bebê. Vamos iniciar as oitivas de parentes e vizinhos da residência para tornar o inquérito policial mais robusto", explicou.
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O exame cadavérico realizado no corpo da criança revelou indícios de asfixia mecânica por sufocação, conforme informou o Instituto Médico Legal Estácio de Lima (IML de Maceió).
O perito médico legista João Paulo, responsável pelo exame, destacou que ainda não foi possível determinar se a sufocação ocorreu de forma direta ou indireta.
Ele explicou que a sufocação direta acontece quando as vias aéreas são obstruídas por algum obstáculo, e a indireta ocorre quando há compressão do tórax que impede sua expansão, como pode ocorrer em casos acidentais, por exemplo, quando um adulto dorme sobre a criança.
“É importante destacar que, durante o exame, não foram encontrados sinais de espancamento. Não houve a presença de equimoses ou fraturas, que poderiam indicar violência física”, afirmou o perito médico legista.
Amostras de sangue, humor vítreo e conteúdo do estômago do recém-nascido foram coletadas para aprofundar a investigação e obter mais informações.
A mãe do bebê chegou a ser presa, mas foi logo liberada após audiência de custódia, com a condição de ter acompanhamento psicossocial.