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Mais de cem ligações, perseguição e ameaça: vítimas relatam chantagens e torturas psicológicas de stalker no interior de AL

Ele foi preso em flagrante por fraude processual durante mandado de busca e apreensão na casa dele, mas pagou fiança e foi liberado


			
				Mais de cem ligações, perseguição e ameaça: vítimas relatam chantagens e torturas psicológicas de stalker no interior de AL
Motorista foi preso, pagou fiança e foi liberado.. Polícia Civil

O modo de agir era o mesmo. O homem, que mora em Campo Alegre, no interior de Alagoas, abordava as vítimas pela internet e, em seguida, passava a persegui-las e monitorá-las na vida real. Essa é conclusão da Polícia Civil que identificou ao menos seis mulheres alvos de chantagens, perseguição e torturas psicológicas praticadas por ele, preso nessa quarta-feira (12).

O suspeito tem 27 anos, é motorista profissional, trabalha há oito anos na mesma empresa, e mora na casa dos pais.

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Ele foi preso em flagrante por fraude processual, durante um cumprimento de busca e apreensão de equipamentos eletrônicos na casa dele, porque, no momento da ação policial, tentou apagar aplicativos de mensagens e formatar o celular. No entanto, pagou uma fiança e foi liberado.

O motorista foi indiciado por perseguição contra mulher por razões de sexo feminino, violência psicológica e extorsão sexual, crimes previstos, respectivamente, nos artigos 147-A, 147-B e 158 do Código Penal, cujas penas somadas podem chegar a 15 anos de reclusão. Somente a extorsão sexual tem pena de 4 a 10 anos e multa e mais a fraude processual no momento da busca.

As vítimas relatam episódios de perseguição, importunação sexual, ameaças e violência psicológica, fazendo com que elas tivessem medo de sair de casa.

Das seis mulheres alvos do criminoso, duas delas são da mesma cidade onde ele mora, Campo Alegre, e as outras quatro são de Teotônio Vilela.

Para uma das vítimas, ele enviou mensagens no celular a ameaçando de morte. “Se você mandar, eu vou lhe matar”, escreveu ele para uma das mulheres.


			
				Mais de cem ligações, perseguição e ameaça: vítimas relatam chantagens e torturas psicológicas de stalker no interior de AL
Reprodução/ Via TV Gazeta

“Eu não tinha vida. Eu emagreci tremendamente. Ninguém me via. As pessoas não sabiam que eu morava aqui porque era praticamente um cárcere privado”, relatou uma das mulheres, em entrevista à TV Gazeta. Ela conta que foi perseguida por ele por três anos.

A princípio, ele a abordou pelas redes sociais, por meio de um perfil falso. Em seguida, passou a responder no perfil dela. Depois, a perseguição começou a ser mais intensa. Ele ligava para ela.


			
				Mais de cem ligações, perseguição e ameaça: vítimas relatam chantagens e torturas psicológicas de stalker no interior de AL
Reprodução/ Via TV Gazeta

“A gente começou a conversar. Foram uns dois a três meses conversando normalmente. Até então, não dava para perceber que ele era um psicopata”, conta a mulher.

Do mundo virtual, as investidas do homem passaram a incomodar a vítima. “Ele começou a forçar uma intimidade. Queria que eu fosse ver ele. Mas eu sempre recuava”, disse a mulher.


			
				Mais de cem ligações, perseguição e ameaça: vítimas relatam chantagens e torturas psicológicas de stalker no interior de AL
Reprodução/ Via TV Gazeta

Ela conta que o homem passou a enviar fotos dela, demonstrando saber onde ela estava e em que companhia.

“Começou a tirar fotos. Sabia a roupa que eu estava, o lugar onde eu estava, a hora que eu saía, a hora que eu chegava. Tudo ele sabia. E aí começou a me ameaçar e a ameaçar os meus amigos. Não era para eu sair de casa, não era para eu ir para lugar nenhum. Era de casa para o trabalho, do trabalho para casa. Não era para falar com ninguém na rua, se isso acontecesse e ele sonhasse, era uma pressão psicológica muito grande", expôs a mulher.


			
				Mais de cem ligações, perseguição e ameaça: vítimas relatam chantagens e torturas psicológicas de stalker no interior de AL
Reprodução/ Via TV Gazeta

Uma segunda mulher também é apontada como vítima do motorista. Ele a abordou nas redes sociais e depois monitorou cada passo dela.

“Ele sabia a roupa que eu vestia, a cor da roupa, dizia a roupa dos meus parentes, onde eu estava, com quem eu estava, na hora que eu estava. Não queria que eu saísse de casa. Dizia que iria me matar, matar meus amigos, matar minha família. Todo mundo”, disse a segunda vítima também em entrevista à TV Gazeta.

A mulher relata que as comunicações dele com ela eram constantes. “Eram mais de cem ligações por dia, sem intervalo. Eu bloqueava e eram chips novos todos os dias”, detalhou a segunda vítima.

Para intimidar as mulheres, o homem dizia por mensagens que era sobrinho de juiz e tinha os melhores advogados. Ele também dizia ser policial da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic).

“Ele disse que, se fosse para alguém morrer, seria eu e minha família”, afirmou uma das mulheres.

De acordo com o chefe de operações da delegacia de Campo Alegre, Alfredo Presser, o motorista foi identificado por meio de investigação de campo e ferramentas digitais.

“Utilizamos programas exclusivos, fontes abertas para essa parte de investigação digital e, a cada detalhe levantado, vamos refinando as buscas até chegar na investigação de rua, como endereço, campanas, câmeras de vigilância, veículos, etc.”, explicou o chefe de operações.

Para o investigador, mesmo que o perseguidor aja por trás de um perfil falso, as técnicas de investigação permitem chegar à identificação dele.

“Hoje é praticamente impossível se esconder por muito tempo, mesmo utilizando tecnologias para tentar ser quem não é”, explicitou Alfredo Presser.

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