O inquérito docaso do empresário sequestrado no bairro São Jorge, em Maceió, no dia 24 de maio, foi concluído e enviado à justiça. Ele foi encontrado após ter o celular rastreado pela família. Em entrevista a uma TV local, a Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) disse que os dois cariocas suspeitos de cometer o crime foram indiciados por extorsão mediante sequestro e já cumprem prisão em flagrante.
No caso, um Bombeiro Militar e um Guarda Municipal do Rio de Janeiro cobraram uma suposta dívida - no valor de R$ 250 mil - ao empresário, que teria sido aplicado em ações. Pelo não pagamento da dívida, os acusados sequestraram o homem e pretendiam obter informações sobre como saldar a dívida. Ele foi encontrado amarrado e com o rosto coberto em um motel.
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A defesa da dupla alegou que não se tratava de sequestro, e sim de um exercício arbitrário das próprias razões - um crime menos grave. O delegado responsável pelo caso, José Carlos, descartou a possibilidade. "Havia sim uma extorsão. Foi sim cobrado um valor indevido e eles foram indiciados por esse crime [extorsão mediante sequestro]", disse.
Ainda segundo o delegado, a investigação constatou a existência de uma dívida, mas os R$ 250 mil cobrados estavam bem acima de qualquer possível débito que pôde ser verificado. Para a conclusão, os depoimentos foram colhidos e conversas de WhatsApp entre os suspeitos no momento da ação foram analisadas.
A dupla diz que o empresário possuía um 'passado criminoso'. José Carlos confirmou o registro de três boletins de ocorrência por estelionato contra à vítima. As denúncias, contudo, não teriam relação com o caso e serão analisadas posteriormente.
Perguntado se a dupla poderia cumprir pena no Rio de Janeiro, o delegado afirmou que é uma possibilidade prevista na Lei de Execuções Penais, mas que a decisão ficará a cargo da Justiça.