
O laudo do Instituto Médico Legal (IML), divulgado nesta terça-feira (11), aponta que Givanildo Pedro da Silva sofreu asfixia por afogamento. O homem foi encontrado morto em casa, no centro da cidade de Maribondo, no interior de Alagoas.
O IML explicou que o corpo da vítima foi encontrado deitado na cama e coberto por uma manta, um lençol e peças de roupa, o que levou a crer ser uma cena de morte natural. No entanto, a equipe do Instituto de Criminalística, que periciou o local, percebeu que "algo de estranho" tinha acontecido naquele imóvel.
Leia também
“O corpo estava molhado. Pressionado o abdômen da vítima, um líquido era expelido pela boca. O cadáver apresentava também hematoma na região orbitária esquerda, lesões contusas na porção posterior do tronco e discreta marca de instrumento constritor no pescoço”, explicou o perito criminal José Adriano.
Foi então que o perito criminal seguiu com o exame pela casa e encontrou uma caixa d’água de 500L, no piso da área de serviço. Dentro da caixa, a equipe encontrou fragmentos de material orgânico (vômito) no meio líquido, o qual foi coletado.
A constatação comprovou que a vítima foi imersa na água e depois colocada na cama. Sangue da vítima também foi coletado no colchão da cama, além de material biológico encontrado nas unhas das mãos.
“Quando conclui a perícia de local, o cenário mostrou que a vítima sofreu asfixia por afogamento, lesões contusas e constrição do pescoço com instrumento do tipo fio ou corda, tendo sido conduzida pelos seus algozes para a cama, fazendo parecer que a vítima teria morrido de causa natural”, afirmou o perito.
DOIS PRESOS
No dia 7 de junho, a Polícia Civil detalhou que um dos envolvidos no homicídio de Givanildo Pedro da Silva foi identificado como Devson Eugênio, primo da vítima, e o outro, Fernando dos Santos Silva, conhecido como Tica, é a pessoa que teria planejado o crime.
As investigações apontam que Givanildo foi morto porque chamou Fernando (Tica) de corno dois dias antes do crime. Para se vingar, o autor teria armado para encontrar a vítima numa bebedeira e, assim, cometido, juntamente com Devson, o assassinato.
As prisões de Fernando e Devson ocorreram no dia 6 de junho, em cumprimento a um mandado judicial. Os dois presos foram indiciados por homicídio qualificado por motivo fútil.